O número de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil aumentou 57,4% nos últimos 12 anos, segundo o Censo Demográfico 2022. Ao todo, são mais de 22 milhões de brasileiros nessa faixa etária. Em contrapartida, houve redução no número de pessoas com até 14 anos, o que, somado ao cenário dos idosos, revela o envelhecimento da população brasileira.
Sendo o Brasil um país com muitas diferenças socioeconômicas, cada região ou cidade tem um preparo diferente para cuidar da qualidade de vida dos idosos. É o que mostra o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) 2023.
Criado pelo Instituto de Longevidade, a terceira edição da análise mede o grau de preparação dos 5.570 municípios brasileiros para qualidade de vida das pessoas com 60 anos ou mais. Por meio de dados públicos que impactam o bem-estar geral desse público, a entidade criou um escore para classificar as cidades. Fontes como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), DataSUS e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram consultadas.
São 23 indicadores avaliados, separados em três dimensões: saúde, socioambiental e economia. Para a classificação das cidades, foram separadas em três categorias, levando em conta seu tamanho: grandes (com mais de 100 mil habitantes), médias (com população entre 34.850 e 100 mil habitantes) e pequenas (até 34.850 habitantes).
Marabá e Parauapebas, no sudeste do Pará, estão agregadas na categoria “cidades grandes”, que envolve 326 municípios que oferecem melhores condições para os idosos viverem. Parauapebas ficou em 193º lugar e Marabá 244º. Mas a Reportagem do Blog do Zé Dudu também descobriu que, entre as cidades médias (674 municípios), Canaã dos Carajás está em 24º lugar. Depois, seguem Jacundá (650º) e Itupiranga (653º).
Entre as cidades pequenas da região (4.570 municípios), Curionópolis surge em 3.644º, Eldorado dos Carajás em 4.501º e São Domingos do Araguaia 4.514º.
Na Região Norte, a cidade melhor classificada no ranking de qualidade de vida para idosos é Ji-Paraná, em Rondônia, seguida de Palmas-TO (121), Rio Branco-AC (159), Araguaína-TO (171), Porto Velho-RO (183), Boa Vista-RO (184), Castanhal-PA (186), Vilhena-RO (190), Parauapebas (193), Barcarena-PA (221), Altamira-PA (232) e Macapá-AP (240).
As cidades mais bem preparadas para acolher os 60+
Cidades grandes (326 municípios)
1º – São Caetano do Sul (SP)
2º – Vitória (ES)
3º – Santos (SP)
4º – Florianópolis (SC)
5º – Curitiba (PR)
193º – Parauapebas (PA)
244º – Marabá (PA)
Cidades médias (674 municípios)
1º – São Lourenço (MG)
2º – Gramado (RS)
3º – São Miguel do Oeste (SC)
4º – Adamantina (SP)
5º – Concórdia (SC)
Cidades pequenas (4.570 municípios)
1º – Peritiba (SC)
2º – Rodeio Bonito (RS)
3º – Dois Lajeados (RS)
4º – Tunápolis (SC)
5º – Lacerdópolis (SC)
Conheça os 23 indicadores avaliados
SAÚDE
- Estabelecimentos de saúde
- Leitos hospitalares
- Profissionais de saúde
- Cobertura vacinal
- Procedimentos ambulatoriais
- Procedimentos hospitalares
- Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias
- Óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
- Óbitos por doenças aparelho circulatório
- Óbitos por causas externas
ECONOMIA
- Representatividade da população de idosos
- Longevidade esperada aos 60 anos
- Produção de riqueza municipal
- Capacidade de consumo de aposentados
- Segurança financeira dos idosos
- Vulnerabilidade social dos idosos
- Endividamento municipal
SOCIOAMBIENTAL
- Mortalidade por causas não naturais
- Carga tributária