Marabá: CPI do Transporte sai do forno e comissão terá 60 dias para apresentar resultados

Continua depois da publicidade

Por Paulo Costa – de Marabá

Foi instalada na quarta-feira, 16, na Câmara Municipal de Marabá uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o sistema de transporte público do município de Marabá. A proposta é do vereador José Sidney, presidente da Comissão de Transporte da Câmara e também do Sindicato do Trabalhadores em Transporte Público do Sul do Pará.

Sidney disse que essa é uma CPI da população, para que se averigue os moldes da licitação das novas concessões do transporte público coletivo em Marabá. “Há 10 meses recebemos muita reclamação dos moradores. Essa ação é para que o transporte seja melhor desenvolvido em Marabá.

O vereador Sidney também alertou os colegas sobre a necessidade de ir a fundo sobre as concessões de vagas de mototaxistas e táxi-lotação na gestão anterior, que também estariam eivadas de irregularidades. Na avaliação de Sidney, Marabá precisaria de 100 ônibus coletivos, mas há menos de 40 circulando pela cidade.

Por seu turno, o vereador Pedro Correa Lima (PTB) lamentou a situação do transporte público em Marabá e revelou que a Secretaria Municipal de Segurança Institucional arrecadou este ano mais de R$ 7 milhões para os cofres do município com infrações. Ele pediu ao DMTU para discutir como vai ser feito o investimento, sabendo que 40% devem ser aplicados na saúde e educação, mas precisa investir na sinalização de cruzamentos da morte na cidade e outros que congestionam muito nos horários de pico.

Mais contundente em seu discurso, o vereador Adelmo Azevedo (PTB) avaliou que as duas empresas que operam o serviço de transporte de passageiros por ônibus em Marabá (TCA e Nasson) são de fachada e pertencem à Transbrasiliana, formando um monopólio. “Elas chegaram há nove meses e agora alegam que a tarifa no valor de R$ 2,00 é baixa e estaria sem reajuste há quatro anos. Precisamos abrir a caixa preta do transporte coletivo, assim como mototaxistas e táxi-lotação. Há vários condutores com mais de uma placa de táxi e de mototáxi, o que é ilegal”, denunciou.

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada mediante a aprovação de requerimento de um terço dos membros da Casa e composta por três membros. Guido Mutran (PMDB), Ubirajara Sompré (PROS) e Ronaldo Yara (PTB). Eles vão se reunir nos próximos dias para escolher o presidente e relator e montar um calendário de trabalho com prazos estabelecidos pela Mesa Diretora da Câmara. “Vamos realizar um trabalho sério, ouvindo todas as partes envolvidas e interessadas para apresentarmos um relatório imparcial sobre o transporte público em nossa cidade”, disse Yara.