Mais um jovem morre afogado no Rio Parauapebas, em balneário que já registrou vários afogamentos

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Desta vez a vítima do afogamento em um balneário (Balneário do Baixinho), localizado no Parque das Nações II, complexo VS-10, foi o jovem William da Silva Freire, de 20 anos. Ele se afogou na tarde de ontem (29), por volta das 15 horas, no Rio Parauapebas.

O pai, José Wilson Freire relatou que o forte calor motivou toda a família a ir se refrescar no rio logo após o almoço na casa de um amigo. “Estávamos num almoço e viemos banhar no Bar do Baixinho, pois sempre frequentamos aqui, inclusive meu filho ficou nadando perto de mim por eu já conhecer o perigo dessa área. Sempre pesco aqui”.

Além do alerta, José Wilson contou para o filho sobre o risco que outros jovens já passaram no local: “Eu falei para ele que um rapaz pulou nessa mesma área que estávamos e quase não voltava. E faz pouco tempo que o colega do meu compadre morreu aqui, nesse mesmo setor que vitimou meu filho”.

O irmão, Wanderson, tentou salvar William quando percebeu que estava afogando. “Quando assustei, ele já estava se debatendo lá no meio e meu outro filho na areia percebeu. Eu gritei: William! Ele está morrendo, ele está morrendo. Wanderson pulou para tentar salvar o irmão, mas como a água é muito forte, ele não conseguiu. Quase perco dois filhos, porque Wanderson chegou com muita falta de ar”, desabafou José Wilson.

No Balneário existem placas alertando a presença do peixe Puraqué, conhecido como peixe elétrico e que faz muitas vítimas na região, mas o pai afirmou que não percebeu a orientação do local. “Aqui, nessa região, nunca percebi que tinha Puraqué, o que sei que tem é a arraia, principalmente nessa área onde as pessoas pisam e sobem os folhamentos, mas não é difícil ter Puraqué. Agora é aguardar os laudos, que podem afirmar a causa da morte, apesar de que eu acredito que foi mesmo o afogamento”.

Os Bombeiros resgataram o corpo depois de uma hora e meia de buscas e encontraram a sete metros de profundidade no mesmo local onde o jovem afogou. “Contamos com 11 oficiais nessa ocorrência e precisamos alertar a população à respeitar as placas de sinalização que os proprietários dos balneários têm fixado orientando os riscos. Como também nunca consumir bebida alcoólica nesse tipo de programação, principalmente para quem não tem habilidade no meio aquático”, disse o Sargento José Santos, que contou com o Soldado Isac Rodrigues Ferreira, que estava de folga e quis trabalhar na ocorrência, por ser um dos mergulhadores referência da corporação.

O IML de Parauapebas recolheu o corpo de William Freire e deve liberar o laudo que apontará a causa morte em até 30 dias.