Até o final da tarde desta segunda-feira (2), nenhum suspeito de ter roubado mais de R$ 250 mil de uma casa lotérica localizada na Avenida Inglaterra, Bairro Novo Horizonte, em Parauapebas, havia sido preso. O arrombamento ocorreu por volta das 4h50 da madrugada. Um velho cofre em que estava a quantia foi arrombado e o valor levado. A justificativa para que quantia tão vultosa tivesse ficado guardada no estabelecimento, é de que o carro-forte, coletor de valores, não recolheu o dinheiro no sábado (31), data de grande movimentação, devido ao último dia de apostas da Mega Sena da Virada.

Os ladrões tiveram acesso ao prédio pelo templo de uma igreja evangélica construída em madeira na Rua Dakar, que faz fundos com a casa lotérica. Por ali, rebentaram a parede do banheiro e conseguiram entrar no estabelecimento, acessar o escritório e arrombar o cofre. 

De acordo com segundo-tenente Carias, oficial de dia do 23º Batalhão de Polícia Militar, pelo que se observou no local, apenas um sujeito entrou na casa lotérica e este deve ser bem franzino, uma vez que o buraco na parede do banheiro é muito pequeno.

O policial também suspeita que quem assaltou o estabelecimento pode ter tido informações privilegiadas, ou, como se diz no jargão policial, foi parada dada. Isso, entretanto, deve ser apurado no decorrer das investigações, que já estão sendo efetuadas pela Polícia Civil.   

A câmera de segurança marcava 4h48, quando um dos ladrões era visto já dentro do local usando uma lanterna para iluminar o compartimento, sem mesmo se importar com a câmera, que registrou parte da ação criminosa. 

Ao amanhecer o dia, investigadores da Polícia Civil estiveram no local realizando os primeiros levantamentos, que deverão constar no inquérito policial. O Centro de Controle e Operações (CCO) deverá auxiliar nas investigações.

Policial aposentado que procurou a Reportagem para falar do assunto, mas pediu que seu nome fosse preservado, “para não melindrar ninguém, num momento de tanta angústia”, opinou que, nesses casos, não se deve guardar tamanha quantia no estabelecimento, sobretudo em fim de semana “e ainda por cima em data festiva”. 

“Se o carro-forte não passou, o empresário solicitava ajuda de um segurança, ou da PM mesmo, para levar o dinheiro a um lugar seguro, que poderia ser a própria casa dele, mas nunca deixar na casa lotérica,” disse.

_{(Caetano Silva)}