Flona Tapirapé-Aquiri forma nova turma de monitores ambientais

Grupo iniciará a fase experimental do programa, conduzindo, de maneira supervisionada, turmas de Marabá ao interior do Mosaico Carajás

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A nova turma de monitores ambientais voluntários da Floresta Nacional (Flona) Tapirapé-Aquiri completou a etapa de realização dos módulos teórico e prático. O primeiro contou com uma programação de três dias de duração na segunda quinzena do mês de junho e uma intensa troca de conhecimentos sobre o SNUC, Mosaico de Unidades de Conservação de Carajás, ecoturismo, biodiversidade amazônica, primeiros socorros básicos e animais peçonhentos, conceitos e práticas de educação ambiental crítica, espeleologia, arqueologia, entre outros.

Na etapa prática, realizada entre os dias 16 a 21 de julho, os voluntários em formação estiveram alojados no interior do Mosaico Carajás e tiveram a rica oportunidade de conhecer os principais roteiros de visitação, além de novas áreas já mapeadas para uso no Programa de Educação Ambiental, por meio do qual estarão conduzirão turmas sob a perspectiva da educação ambiental crítica. O contexto socioeconômico e ambiental da região foi amplamente discutido, além da relação dos empreendimentos desenvolvidos no interior e entorno do mosaico, com a conservação da biodiversidade local.

Segundo André Macedo, gestor da FLONA do Tapirapé-Aquiri, o programa de voluntariado, associado ao de educação ambiental crítica, tem contribuído significativamente para a mudança do cenário regional, onde pouco se conhecia sobre as unidades de conservação e até mesmo o ICMBio enquanto órgão gestor. “    A imensa riqueza biológica existente era pouco acessível à sociedade, o que vem sendo revertido por meio muitos esforços. Esse processo tem despertado o sentimento de pertencimento perante as comunidades locais, de modo que as mesmas têm se engajado na proteção da unidade. Outro ganho importante foi o fortalecimento das parcerias locais”, celebra Macedo.

Para o voluntário Marcelo Braga, a oportunidade ampliou sua visão sobre as unidades de conservação e contribuiu para o fortalecimento do seu interesse pela causa. Já o voluntário Thiago avalia como especial a oportunidade de conhecer de perto a Amazônia, agradecendo ao ICMBio por abrir as portas para os novos conhecimentos.

As duas etapas contaram com a participação de instituições parceiras de renome, como a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, por meio do seu Núcleo de Educação Ambiental; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Federal Rural da Amazônia; Universidade Federal de Minas Gerais; Fundação Casa da Cultura de Marabá; Grupo Espeleológico de Marabá; Cooperativa de Turismo de Parauapebas (Cooperture); Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (CEAP); Corpo de Bombeiros Militares; além do corpo atual de voluntários, dando suporte às atividades da UC.

A partir de agora, o grupo iniciará a fase experimental do programa, conduzindo de maneira supervisionada turmas de Marabá ao interior do Mosaico, em especial na Flona Tapirapé-Aquiri, estimulando a sensação de pertencimento e contribuindo na consolidação da gestão participativa na unidade. As oficinas de capacitações específicas mapeadas terão início no mês de setembro e visam fortalecer os conhecimentos já repassados, incentivando ainda o crescimento pessoal e profissional dos envolvidos.

Foi realizado ainda no dia 20 de julho, o I Encontro de Voluntários da Flona Tapirapé-Aquiri, que contou com a participação das turmas de 2016, 2017 e 2018, além de parte do voluntariado da FLONA Carajás. Ao todo, foram cerca de 70 pessoas reunidas em um momento de agradecimento pelos relevantes trabalhos prestados, além de estímulo e motivação para continuidade na causa.

Texto e fotos: Glenda Quirino

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