Desabastecimento de bebidas da Ambev na região acende sinal de alerta sobre perda de concessão

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Por Ulisses Pompeu – de Marabá

A distribuição de bebidas da Ambev, empresa que detém as marcas de cerveja Antárctica, Brahma, Skol e Bohêmia, além dos refrigerantes Pepsi, Guaraná Antarctica e Sukita, está irregular em Marabá, Parauapebas Rondon do Pará e região, e tudo leva a crer que a Distribuidora Alvorada perdeu ou está perto de perder a concessão dos produtos na região.

O blog recebeu informações de alguns grandes comerciantes da região, que alegaram falta dos produtos acima e que a Distribuidora Alvorada não tinha estoque para atendê-los. Depois, alguns vendedores da distribuidora teriam confirmado que a empresa teria perdido a concessão.

No último final de semana, a reportagem procurou um funcionário da Distribuidora Alvorada, em Marabá, que passou várias informações que dão a indicação de que o abastecimento dos produtos está comprometido. Ele pediu para ter seu nome preservado, revelando que a Distribuidora Alvorada recebia periodicamente cerca de 60 carretas carregadas de bebidas, que vinham das fábricas da Ambev em Belém, Teresina e São Luis, mas que agora o número chega a, no máximo, 12 carretas por mês.

O funcionário também informou que vários outros colegas já foram demitidos nas últimas semanas, inclusive vendedores que percorriam municípios desta região.

O blog ligou para Eduardo Barbosa Filho, proprietário da Distribuidora Alvorada, que negou que a empresa tenha perdido a concessão da Ambev. Sobre a diminuição do número de carretas, de 60 para 12 por mês, entre a fábrica e Marabá, ele também disse que a informação não é verdadeira, justificando que o transporte está ocorrendo normalmente entre as fábricas e a matriz da empresa, que abastece esta região.

Em relação à demissão de diversos funcionários nas últimas semanas, Eduardo Barbosa Filho alegou que nos meses de fevereiro e março acontece uma diminuição no consumo de cerveja, um problema que seria sazonal, o que acarreta algumas demissões. “Mas em junho e julho, no início do verão, a gente volta a contratar, porque acompanhamos as necessidades do mercado”, justificou.

O empresário disse que a retirada de carretas do transporte de cerveja para outras modalidades aconteceu de forma natural, porque eles têm uma transportadora independente, a qual atende várias necessidades de logística. “A realocação de carretas para um lado ou outro acontece de acordo com a necessidade”, pontuou.

Sobre as queixas de alguns comerciantes sobre a falta de produtos, principalmente cerveja, Eduardo Filho reconheceu que em alguns lugares isso possa estar acontecendo, e justificou que “pode ser que falte alguns produtos, mas isso acontece porque, às vezes, falta o produto na fábrica, mas o caminhão está lá na fila de espera, aguardando o carregamento, mas isso não é uma coisa constante”.

O blog também passou e-mail para a Assessoria de Imprensa da Ambev pedindo informações sobre o desabastecimento nesta região e a perda de concessão, ou não, da Distribuidora Alvorada, mas até o fechamento desta reportagem não houve resposta.

Atualização às 01:20 horas de 19/6

Ambev diz que distribuidora não está cumprindo contrato

Procurada pela Imprensa desta região, a Ambev enviou a seguinte nota, através de sua assessoria de Imprensa:

“A companhia informa que o abastecimento de cerveja no Estado do Pará está ocorrendo normalmente. A companhia está estruturada para garantir o atendimento da demanda no que se refere a volume de produção, logística e disponibilidade de produtos. Com o aumento da demanda – como o que está ocorrendo no Pará – e pela própria dinâmica e complexidade da operação logística e de distribuição, eventuais imprevistos podem ocorrer de forma pontual, mas são rapidamente solucionados sem qualquer prejuízo ao fornecimento.

A responsabilidade pela distribuição na região de Marabá é da Distribuidora Alvorada, com a qual a companhia mantém contrato”.

A Assessoria de Imprensa da Ambev informou ainda que a Distribuidora Alvorada não está conseguindo atender o contrato que mantém com a fábrica e que hoje, terça-feira, dia 19, uma equipe da fábrica estará em Marabá para reavaliar o contrato com a distribuidora local, e que até amanhã uma decisão será dada sobre o caso.


6 comentários em “Desabastecimento de bebidas da Ambev na região acende sinal de alerta sobre perda de concessão

  1. Joana Responder

    O Eduardo Filho que toma conta da empresa, é?! Ele é gente fina, educado e tal, nem parece ser daquela família de gente arrogante, mas ao contrário do pai, não tem muito tino para os negócios.
    Uma pena!

  2. Cezar Responder

    Araujo, ficar sem beber a galera não fica. nessas horas valé até beber Schin!!! hehehe
    outra coisa, o que deveria falir era os supermercados do Alvorada, q não tem nada q preste. a Skol deveria continuar firme e forte! rs

  3. Araújo Responder

    Menos bebidas alcoólicas, diminui também os acidentes, crimes, brigas, violências… Será um belo verão com muito leite gelado, sucos naturais… Saúde para todos!
    (nada como uma cachacinha da boa que não resolva essa parada…)

  4. Lucas Responder

    É nisso que dar ficar dependendo de um peito, quando esse seca, ficamos na m… essa Distribuidora Alvorada é uma porcaria administrada por aquela familia é monopolio.

  5. Augusto Responder

    Pra distribuidora tá tudo normal? Pro consumidor não tá nada normal… aqui em MArabá tá dificil achar Skol nos bares e quando encontramos está sempre mais cara q de costume. Essa situação já vem de mais de 1 mês pa cá.
    Por favor resolvam isso, pq beber Schin não dá! rs

  6. Lucas Responder

    Em si tratando de BELÉM, só podemos esperar o que não presta! Me dar arrepios quando alguma coisa dependa daquela capital

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