Delegacia da Mulher prende dois homens acusados de violência contra a mulher

Trabalho da Deam acontece em sintonia com a ação "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", lançada pela ONU no Brasil

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Policiais da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), de Parauapebas, prenderam ontem, quinta-feira (26), em cumprimento a Mandado de Prisão Preventiva, Giovani Brito de Lemos, 31 anos de idade. Ele é acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-mulher. E junho passado, ele invadiu a casa dela e tentar matá-la por estrangulamento. O crime não foi consumado porque um filho da vítima pediu socorro a uma tia, que atacou Giovani com um cabo de vassoura, chegando a quebrá-lo nas costas dele. O homem largou a mulher, que já estava desmaiada e saiu vociferando que voltaria para “terminar o serviço”.    

Giovani Lemos conseguiu escapar das algemas em cinco ocasiões, mas ontem, devido à persistência dos policiais da Deam em cumprir a ordem judicial, finalmente foi capturado e agora se encontra à disposição da Justiça, por infringir o artigo 121, parágrafo 1º, inciso I do Código Penal Brasileiro combinado com o artigo 7º da Lei 11.340/2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Importado do Maranhão

Um dia antes, na quarta-feira (25), a equipe da Deam prendeu Antônio Cícero Sales da Maia, 49 anos, conhecido como Furinga. Ele era foragido da cidade maranhense de Poção de Pedras, onde foi denunciado por espancar a mulher por mais de 10 anos.

Procurado pela polícia naquela cidade, após ter contra si Mandado de Prisão Preventiva expedido pela Justiça local, ele veio se refugiar em Parauapebas, mas trouxe a mulher junto, continuando a espancá-la e submetê-la a outros maus tratos.

Esta semana, pós uma dessas surras, em que recebeu uma paulada na cabeça, a vítima foi parar na UPA, com traumatismo craniano, onde os profissionais de saúde denunciaram o caso imediatamente à Deam.

Procurado, Furinga foi preso e também está à disposição da justiça por crime previsto no artigo 129, parágrafo 1°, II; parágrafo 9° do Código Penal Brasileiro. Agora, além do processo que responde no Maranhão, ele também será processado pela Justiça paraense por violência doméstica.

“Estamos em operação durante esses 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, para dar cumprimento a todos os nossos mandados de prisão preventiva contra todos os agressores do ambiente doméstico e familiar contra mulheres e meninas, como resposta à sociedade”, afirmou a delegada Ana Carolina de Abreu, titular da Deam, que está coordenando as ações da equipe encarregada de efetuar as prisões.

Dezesseis dias de ativismo

A Organização das Nações Unidas no Brasil implementou a ação “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, entre 20 de novembro e 10 de dezembro, para dar visibilidade às mulheres e meninas que enfrentaram a violência antes e durante a pandemia, com o lançamento da campanha nacional “Onde Você Está que Não me Vê?”, com o conceito “Somos Nossa Existência”.

Ao longo deste período, a ONU Brasil destacará o processo de invisibilização e violência que as mulheres e meninas têm enfrentado antes e durante a pandemia da covid-19. A campanha é inspirada na canção “O que se Cala”, composição de Douglas Germano e interpretação de Elza Soares.

(Caetano Silva)