Confecção dos uniformes escolares gera trabalho e renda em Parauapebas

A confecção dos uniformes escolares que irão beneficiar mais de 48 mil estudantes está sendo realizada por profissionais locais

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Os uniformes dos mais de 48 mil estudantes da rede municipal de ensino de Parauapebas já estão sendo confeccionados. O trabalho, que está sendo realizado no próprio município, está gerando emprego e renda para dezenas de costureiras ligadas à Cooperativa Mista de Produção e Comercialização das Costureiras e Costureiros de Parauapebas (CoopeCorte).

Criada em 2001, a CoopeCorte passou um bom tempo inativa por causa de problemas financeiros, contudo atualmente vive dias melhores. E o que renovou as esperanças das cooperadas foi justamente a remessa de trabalho recebida na última quinzena do mês de agosto: os uniformes escolares.

Atualmente, dez ateliês fazem parte da cooperativa, cada um deles com uma média de três costureiras trabalhando para produzir os uniformes. Em média, cada ateliê irá produzir 200 unidades por dia.

Segundo Darcinete da Conceição Silva, presidente da CoopeCorte, a cooperativa está a “todo vapor”. “Há cerca de dois anos, em meio a essa crise em que o País está passando, estávamos praticamente parados. Cada ateliê estava se mantendo apenas com a pouca demanda que recebia, mas agora a gente tem satisfação de estar dentro de uma cooperativa onde as pessoas têm uma expectativa de renda”, diz ela.

Diante da nova situação, Darcinete já sonha com o crescimento da cooperativa, aquisição de novas máquinas e capacitação das cooperadas. “Para mim é muito gratificante ajudar as cooperadas e oferecer emprego para algumas profissionais que estavam desempregadas. Além do mais, fico muito feliz em saber que as crianças serão beneficiadas com os uniformes que a gente está costurando com tanto carinho”, declara ela.

“Trabalho há 25 anos como costureira e faz muito tempo que não podia contratar uma pessoa para me ajudar porque o movimento da cidade havia caído, mas agora com esse contrato chamei duas pessoas para trabalhar comigo. Cada ateliê está contratando em média de duas a três pessoas para poder atender a demanda em tempo hábil”, conta Maria Antônia Marques Silva, cooperada e dona de um ateliê localizado no bairro da Paz.

Para o secretário de Educação, Raimundo Neto, a participação de uma cooperativa local na produção dos uniformes é uma iniciativa que vai contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da cidade e valorizar da mão-de-obra local. “A produção dos novos uniformes apresenta uma particularidade que é a geração de emprego e renda para o município, pois além de darmos assistência aos alunos também há uma preocupação com o social”, destaca Neto, que acrescenta: “Muito em breve a distribuição dos uniformes será iniciada”.

Alguns alunos da escola Carlos Henrique tiveram a oportunidade de ver o novo uniforme. Maria Júlia Martins, estudante do 3° ano da instituição de ensino, aprovou o modelo. “Eu gostei do novo uniforme e estou ansiosa para receber o meu”, declara a estudante.

Maria Lilian Sampaio Martins, mãe da pequena Júlia, ficou alegre em saber que os uniformes já estão sendo produzidos. “É bom saber que logo logo receberemos os uniformes. Eu gosto muito deles, pois trazem economia de roupas e ainda facilitam a identificação dos estudantes”, aponta Lilian, para quem o fato da confecção ser local é muito importante.

Texto: Messania Cardoso e Sandra Bispo | Semed