Coluna do Frede

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Seis por meia dúzia? Não!

Qualquer pessoa com os pés no chão sabe que a eleição do Plebiscito para a criação ou não dos Estados do Tapajós e Carajás, independentemente de nossas vontades não está sendo e nem será tarefa lá muito fácil. Certamente os contrários à idéia, se realistas, devem estar também pensando o mesmo.

No entanto, após o desfile cívico-militar em alusão a Independência do Brasil, que assisti ontem em Marabá, cresceu, e muito, minhas esperanças no sucesso de nossa empreitada. Não sou lá muito de me empolgar com qualquer coisa. Mas, exatamente pelo fato do 7 de Setembro de ontem não ter sido “qualquer coisa”, amanheci hoje com os ânimos recompostos, reforçados.

Nos intervalos entre minha empolgação e a realidade, aproveitava para olhar com os olhos da razão aquele amontoado de gente, dentre mulheres, homens, crianças, jovens, adultos, idosos, estudantes, militares, enfim, toda aquela massa uniforme de gente, e só enxergava estampado no olhar e sorriso de cada um daqueles cidadãos um sentimento que só poderia ser traduzido por fé e esperança em dias melhores.

Conversei com todo tipo de gente, inclusive Policiais Militares e das Forças Armadas e não conseguia ver em ninguém que abordei qualquer vestígio de sentimento que não fosse a crença inabalável no postulado de que o Estado do Carajás é o único projeto político capaz de ser traduzido em desenvolvimento para nossa região, isto é, o atual Pará, o Estado do Tapajós e o nosso Carajás. Neste momento me veio não sei de onde uma que certeza de que vamos, sim, dividir para multiplicar. E senti, confesso ainda emocionado, algo parecido com uma tímida gotinha de lágrima escorrer suavemente sob meu rosto feliz.

Ai, voltei à realidade e vi aumentar dentro de mim a certeza de que nada está ganho ainda. A luta, apesar do estágio em que se encontra, ainda está só começando. E mais, mesmo após sacramentada a vitória, a batalha vai continuar, embora noutro campo, mas vai. E toda pessoa sensata e minimamente informada sabe do que estou falando. A nós, não nos basta apenas criar o Estado do Carajás. O processo é semelhante ao mágico e espetacular processo da continuação da humanidade. Um ser humano não está pronto logo ao sair do ventre materno. A partir daí seguem-se fases ininterruptas que só findam com o último suspiro.

Assim será com o nosso ambicionado sonho. Mesmo após a sanção da Lei determinando a criação do tão desejado Estado do Carajás. Por isso cabe a todos nós, caso venhamos a ser vitoriosos no Plebiscito, este é nosso legítimo desejo, começam imediatamente as outras absolutamente necessárias fases, sob pena de estarmos trocando seis por meia dúzia.

6 comentários em “Coluna do Frede

  1. Marcos Responder

    Agora só faltava essa, os Separatistas nunca pisaram no Marajó, não conhecem nossa realidade e, muito menos nunca propuseram ou apoiaram políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social dos municípios do Marajó. Mas, querem nosso apoio e votos para realizarem o sonho da elite política que domina a região Sul, Sudeste e Oeste Paraense!!! E, que ao longo do tempo e, diga-se de passagem, só contribuíram para o desenvolvimento econômico e social de suas famílias e dos mais próximos!!! Enquanto o Povo dessas regiões são sempre lembrados, muito bem lembrados…mas só em época de eleições e plebiscitos!!! E, o Pará o que ganha ou o que tem ganho com isso? A resposta é o fortalecimento das Oligarquias Políticas, a eleição de Políticos Oportunistas (Traidores do Pará) e, que nos representam muito mal nos cargos para os quais foram eleitos, tanto nos Poderes Legislativos e Executivos deste Estado, que é Rico, mas Pobre de representatividade!!! Vamos aproveitar esse plebiscito, para colocarmos essas raposas políticas separatistas no seu devido lugar ou, pelo menos cortarmos as asas dessas aves de rapina, que querem expandir seus domínios e suas oiligarquias a custa do Povo do Pará!!! Basta!!! Somos Marajoaras e, queremos o Pará UNIDO e, o Marajó FORTE!!! E, vamos levar essa luta para todos os cantos desse Marajó e, deste Estado, pois ele nos pertence e, continuará pertecendo a todos nós Paraenses!!! Saudações Marajoaras!!!

  2. Guilherme Responder

    Postado no blog do Jeso:

    “O deputado federal Zenaldo Coutinho, arqui-inimigo do Tapajós e do Carajás, tomou chá de sumiço ontem à noite (8) logo após o início do debate sobre o plebiscito, realizado na sede da OAB/Pará, em Belém.

    O auditório, segundo fonte do blog ali presente, ficou lotado para o encontro promovido pelo Sinjor (Sindicato dos Jornalistas)/Pará e pela OAB.

    Como deferência aos deputados presentes, a coordenação do debate deu a palavra aos parlamentares para uma saudação aos presentes. Nesse momento, Zenaldo desfilou o mesmo lári-lári de sempre, baixando o nível do encontro logo no início.

    Manuel Dutra, jornalista

    Em seguida, foi dada a palavra ao primeiro debatedor, o jornalista santareno Manuel Dutra que, após exibir um breve percurso histórico da luta autonomista, botou por terra a velha argumentação de Zenaldo e de outros contras, de que os novos estados não podem ser criados porque ainda não há “estudos de viabilidade”.

    Dutra mostrou que há, sim, estudos, inclusive do IBGE, todos eles demonstrando a viabilidade sócio-econômica do Tapajós e do Carajás. Dutra disse, inclusive, que existe um estudo conclusivo da década de 1990, mandado fazer pelo governo do Pará, estudo esse que foi executado pelo IDESP, um órgão técnico do governo estadual.

    O jornalista disse que esse estudo está publicado na revista do IDESP, chamada Estudos Paraenses, onde está citado o outro estudo feito pelo IBGE. O IDESP chega quase a aconselhar o abandono da rodovia BR-163, a Santarém-Cuiabá, porque, segundo o instituto, com a estrada pronta, ninguém será capaz de segurar o Tapajós, esvaziando o porto de Belém, em virtude das grandes potencialidades econômicas e de desenvolvimento da região oeste.

    Quando Dutra se dirigiu ao deputado Zenaldo Coutinho e indagou: “então, deputado, há, sim, estudos de viabilidade do Tapajós, o senhor nunca os leu?”.

    Nesse instante, o debatedor percebeu que Zenaldo tinha se mandado do auditório sem ser percebido pelo expositor.

    De modo geral, no debate de ontem, os contrários não apresentaram argumentos aceitáveis nem explicaram claramente por que são contra.

    Foi uma goleada em favor do Tapajós.”

  3. Sergio ribeiro Responder

    Bonitas palavras, bonita criança. Pena que não tenha consciência suficiente prá perceber (se passar o sim) , que terá trabalhar e muito ( como eu, como nós ) prá sustentar mais sanguessugas, que estão ávidas prá sugarem o meu, o seu e o nosso suor….Viva o PARÀ de todos !!! ( 55 )

  4. Marcos Responder

    Indigna já só a ideia de reduzir o Pará a Belém e Zona do Salgado. Coisa de político-forasteiro mal-agradecido. O cara chega à casa alheia, que o acolhe com hospitalidade, e se revela um aproveitador. Entra, fuça a geladeira, abanca-se no melhor sofá, escancara as portas dos quartos, e a gente sabe: é um folgado. Chora, estremece por seu estado de nascença, enquanto explora e desdiz do Pará, de que só pensa em chupar tudo, até o Estado inteiro, se deixarmos.

    O retalhador do estado (dos outros) chega e se espalha feito água. Abanca-se, invade a cozinha, destampa, tem o desplante de meter o dedo na panela, antes do dono da casa, lambuza as mãos, lambe os dedos. Como nós, os paraenses somos cordiais, ele confunde cordialidade com liberalidade. Vem, vai ficando, mergulha de unhas e garras afiadas em terras e política. Espalhado, o aproveitador, pronto, enriqueceu, encheu a pança. Fez-se fazendeiro, político de muito papo (balofo), o cara de pau. Alguns não dispensam trabalho escravo e agora dão de posar de redentores da miséria do Pará, como se só no Pará houvesse miséria.

    E cadê? Ih, já nas altas cúpulas, armando discórdia, querendo porque querendo dividir o estado do Pará, disque porque é estado imenso e pobre, como se os miniestados brasileiros fossem paradisíacos reinos de felicidade, nenhum faminto sem teto, nenhum drogado, saúde e escola nos trinques, nada de tráfico e exploração de menores. Balela de retalhador! O retalhador (do estado alheio) tem no cérebro sinal de divisão. Só quer dividir, não seu estado, onde o espertalhão não conseguiu levantar a crista. No Pará, não se contenta em ser fazendeirão, explorador de miseráveis.

    Quero um estado pra mim, Assembléia Legislativa, rumas de assessores, Tribunal de Contas com obsceno auxílio-moradia, mesmo que eu tenha casa própria. E o retalhador já quer governar o estado (dos outros), quer reino e magnífica corte própria, algo comum nestas terras brasílicas dominadas por quadrilhas de políticos cara de pau, porque os dignos, vergonha na cara, os que lutam a valer por um Brasil de união, ordem e progresso, estes raros políticos dão uma de éticos e não põem a boca no trombone.

    Não, o Pará não é casa de engorda e enriquecimento de esquartejador da terra dos outros. Mas o pior é que eles se juntam até a certos políticos paraenses, que, em vez de dizer não decisivo e absoluto à divisão, ficam em cima do muro. É que os muristas, paraenses também não são flor que se cheire. Incrível que políticos paraenses admitam o roubo oficial das ricas terras do Pará. Pendurados no muro, os muristas paraenses só pensam na engorda de seus vastos currais e não em defesa e união.

    Sim, quem quer esfacelar o Pará? Deputados de longe que lambem os beiços por se apoderar do Marajó, do Tapajós, de Carajás. Risíveis os argumentos separatistas: A imensidão do Pará impede seu progresso. Nada! Papo de político! É vasta a miséria dos estados pequenos e do Brasil mal governado. Dividir vem da omissão de políticos do Pará, eles em ânsias por suas lasquinhas. Separatista daqui e de fora quer é feudo, castelo, mais poder.

    O mapa do Pará lembra um buldogue. Ele precisa de brio, amor-próprio, rosnar, se quiserem reduzi-lo em retalho. O Pará quer paz e união. Vamos calar os esquartejadores que boiam, do fracasso em seus estados, ao sonho de esfacelar o Pará. Vamos dizer não a mais essa mutreta de político espertalhão.

  5. Toninho Responder

    Os estudantes deveriam ter mais cautela em vestir uma bandeira de luta, só por vestir, essa insanidade de criação de mais no Brasil, deveria ser pautada em cima de fatos e estudos reais. Esqueçam as cores vibrantes das campanhas em favor do desmembramento do Estado do Pará e das canções alegres, tudo isso elaborado por pessoas que são profissionais do marketing e estão jogando pesado para conseguir seus objetivos.
    Também não se esqueçam que os “novos” velhos políticos que vamos gerar para este Brasil, terá um custo pago por nós, eternos pagadores de impostos, por isso, amigos estudantes, não caiam na armadilha e deixem de servir de massas de manobra para interesses escusos.

  6. Kpnup Responder

    Menininha linda, ainda bem que ela não sabe o que tá fazendo e o que vale são votos válidos e nisso vs já perderam. Somente conseguirão à divisão se conseguirem fraudar o plebiscito fazendo com que criancinhas dessa idade votem no dia 11 de dezembro.

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