Campanha de vacinação contra a Gripe é prorrogada em todo o país

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“Eu ainda não tomei a vacina contra a Gripe por que não estava nem aguentando levantar da cama por conta de tantas dores da Chikungunya. Agora estou bem melhor, hoje mesmo vou no postinho me vacinar. Todo ano tomo essa vacina e nunca mais peguei uma Gripe forte”, relatou a dona de casa Rosa Maria Macário, que tem 65 anos, e faz parte do grupo prioritário da Campanha de Vacinação contra a doença. O imunobiológico é disponibilizado pelo Ministério da Saúde em todo o país.

Assim como dona Rosa Maria, muitas pessoas que são beneficiadas por esta imunização ainda não compareceram às unidades básicas de saúde para participar da campanha de vacinação, que foi prorrogada até o dia 9 de junho. Em Parauapebas, até o dia 24 de maio, 16.541 pessoas foram vacinadas, um número bem menor do que a meta de 38.096 pessoas, apesar das ações já desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) com o objetivo de atrair a comunidade para a campanha. Muitos municípios têm enfrentado a mesma dificuldade para alcançar a meta.

De acordo com os dados da Semsa, foram vacinados os seguintes quantitativos dos grupos prioritários: crianças de 6 meses e menores de 5 anos – 6.462; colaboradores de Saúde – 1.863; gestantes – 1.283; puérperas (até 45 dias após o parto) – 253; indígenas – 900; idosos – 4.421; população privada de liberdade – 145; funcionários do sistema prisional – 14; professores de ensino básico e superior – 1.250.

Os grupos que menos se vacinaram em Parauapebas, até então, são de crianças e gestantes; a meta para esses grupos são 18.383 e 4.017 pessoas, respectivamente. De acordo com a enfermeira Cleice Reis, coordenadora da Rede de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, da Semsa, algumas atividades da programação da Semana do Bebê, realizada em todas as unidades de saúde ao longo da semana passada, reforçaram a importância da vacina e resultou em um aumento da procura. Além disso, já foi realizada a programação do dia D pela secretaria de saúde, para também reforçar a importância da imunização.

Dados da Campanha no Brasil

De acordo com a Agência Brasil, até o dia 26 de maio, data em que encerraria a Campanha, haviam sido imunizados 63,6% de um total de 54,2 milhões de pessoas. A meta é alcançar 90% desse público. O balanço do Ministério da Saúde indica que, entre os grupos que integram o público-alvo, os idosos registram a maior cobertura vacinal (72,4%); em seguida estão puérperas (71,2%) e indígenas (68,6%). Os grupos que menos se vacinaram são crianças (49,9%), gestantes (53,4%), professores (60,2%) e trabalhadores de saúde (64,2%).

Também foram aplicadas 7,1 milhões de doses em pessoas com doenças específicas, privadas de liberdade e em trabalhadores do sistema prisional.

Os estados com a maior cobertura vacinal, até o momento, são Amapá (85,7%), Paraná (78,1%), Santa Catarina (77,7%), Rio Grande do Sul (74%) e Goiás (70,1%). Já os estados com menor cobertura são Roraima (47,9%), Rio de Janeiro (49%), Pará (52,1%), Mato Grosso (55,8%), Rondônia (56,2%), Acre (56,4%) e Mato Grosso do Sul (57,1%).

Público-alvo

A vacina contra a gripe está disponível nos postos de saúde para crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, pessoas com 60 anos ou mais (idosos), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores.

A orientação do ministério é que pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com deficiências específicas apresentem prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde devem se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

Segurança

A vacina disponibilizada pelo governo brasileiro protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A-H1N1, A-H3N2 e Influenza B). A dose, segundo a pasta, é segura e considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal, de acordo com o ministério, é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe no Brasil vai do final de maio até agosto.

Fonte: informações da Semsa e Agência Brasil