Beto bom de bola

Continua depois da publicidade

Adoro tudo que se relaciona com cultura e publico aqui tudo que me é solicitado pela Secretaria de Cultura de Parauapebas através do inoxidável Cláudio Feitosa e dos outros amigos e amigas que lá trabalham. Por isso, me sinto a vontade para também criticar quando aquela secretaria comete algum equívoco.

Como é de conhecimento de todos a Secult está realizando durante essa semana o evento denominado “A era dos Festivais, inclusive com a badalada participação de Zuza Home de Melo, que esteve no CDC contando sua vivência na dita era. A decoração do novo CDC, que diga-se de passagem ficou excelente, linda, proporciona aos visitantes algumas fotos e textos sobre a Era dos Festivais, e aí, não sei se no afã de elucidar a foto de Sergio Ricardo no Festival de 1967, quando o mesmo, após incessantes vaias quando tentava interpretar a música “Beto bom de bola” jogou seu violão contra a plateia em retaliação as ações do público, disseram que a música teria sido escrita para homenagear o craque Garrincha.

Na verdade a música foi escrita para homenagear o jogador Beto, do Clube Atlético Mineiro. Conta a história que durante uma partida entre Botafogo (RJ) e Atlético (MG), o time carioca vencia por 4 a 0 e já no segundo tempo Beto entrou e jogou um partidão, tendo o jogo terminado 4 a 4. Conta ainda a lenda que no final do citado jogo, o craque Gerson, do Botafogo e da seleção brasileira, teria chamado Beto e dito a ele: “ o que é que você está fazendo aqui nesse timinho”, se referindo ao CAM.

Fica aqui o registro, fato que jamais tirará o brilho do grande evento que a Secult nos proporciona.

2 comentários em “Beto bom de bola

  1. claudio feitosa Responder

    Caro Zé,

    agradeço a sua ajuda, retificando a informação. Fui à pesquisa e vc está corretíssimo.

    Grato,

    Cláudio Feitosa

    ps: vou providenciar a correção na legenda da foto

  2. Olinto Vieira Responder

    Esta música é realmente emblemática e a imagem do Sérgio Ricardo quebrando o violão atravessou gerações como um marco de rebeldia, inconformismo, bem próprio daquela geração. Mas não creio que o canhotinha tenha se referido ao CAM como ‘timinho’ ( não posso deixar de dizer isso… Um time tradicional, já naquela época longevo, centenário, celeiro de craques, do mesmo porte dos maiores. Na realidade, naqueles idos eram poucos os times de expressão. Os do Rio e São Paulo e os de Minas. Os times do Sul só desabrocharam na década de 80. Mas, anos mais tarde o Atlético sagrou-se o primeiro campeão brasileiro justamente em cima do Botafogo. O certo é que não se perca no tempo este reconhecimento do passado, dos antigos festivais, dos grandes aplausos e também das vaias consagradoras. Vários jogadores que não foram exatamente grandes craques já foram homenageados por grandes artistas; Beto do Galo, Fio Maravilha e alguns outros. Pra mim, o registro deste resgate cobre inteiramente esta pequena falha. Temos um bela história! Valeu Cláudio.

Deixe seu comentário

Posts relacionados