Bancada do Maranhão comemora aprovação do PL que denomina São Luís a capital nacional do Reggae

O PL nº 81/2020 foi aprovado na sessão desta quarta-feira (23)
O Point Celso Cliff é um dos mais frequentados para curtir o ritmo jamaicano em São Luís

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Brasília – Hoje vai ter festa no Maranhão. A sessão deliberativa desta quarta-feira (23), no Plenário da Câmara dos Deputados, acabou de aprovar o Projeto de Lei nº 81/2020, de autoria do deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA), que reconhece São Luís do Maranhão como capital nacional do reggae. A proposta será enviada ao Senado.

O autor justifica a iniciativa devido ao fato de a cidade ser conhecida nacional e internacionalmente como a “Jamaica Brasileira” pela influência do ritmo na cultura local. “Em São Luís, temos um dos dois únicos museus do reggae no mundo,” explicou.

“O reggae, que veio da Jamaica, já é um elemento da cultura contemporânea do povo do Maranhão e influencia na maneira do maranhense de falar, de vestir e dançar, entre outras coisas,” disse o autor. “O estilo musical vai além do simples ritmo no Maranhão, é um movimento cultural que transmite a mensagem de liberdade, igualdade, paz, amor e harmonia”.

Museu do Reggae em São Luís

Museu do Reggae

Aberto para visitações de terça a domingo, das 10h às 20h, o Museu do Reggae do Maranhão, o primeiro do Brasil e o segundo do mundo, conta com uma área de 397 metros quadrados, com cinco salões que homenageiam antigos clubes de reggae, famosos na década de 90. Tudo com as cores associadas ao gênero musiscal e recursos tecnológicos.

De forma cronológica, o visitante é guiado por uma sequência cultural da massa regueira. Em um primeiro ambiente do museu está disponível uma réplica do Clube Pop Som. É uma área com salão de aproximadamente 35 metros quadrados, móveis que imitam os paredões das radiolas, bar cenográfico e móvel com aparelhagem de som, dando aos visitantes a sensação de estar dentro de um clube de reggae.

Em um segundo espaço, no Clube do BF – nome dado em homenagem a um antigo reduto do Bairro de Fátima – há uma sala de exposição dos artistas, com fotos e discos, além de assuntos do cenário mundial. Este espaço conta ainda com equipamentos de projeção e recursos audiovisuais, além de diversos manequins trajados a caráter a cultura da massa regueira. Buscando as raízes na Jamaica, a sala de exposição mundial foi implantada de forma cronológica, formando uma linha do tempo que conta onde começou o reggae e onde está hoje. Na sala 3, no Clube Toque de Amor, o espaço resgata o conteúdo sobre o reggae no Brasil e no Maranhão. E no Clube Espaço Aberto, o de número 4, a homenagem é direcionada aos regueiros famosos. Lá podem ser realizados festivais e encontros musicais com pequenos grupos de pessoas.

Dentro do pátio interno, foi instalada uma área com lanchonete e uma biblioteca virtual com computador, para que os frequentadores possam pesquisar e fazer trabalhos relacionados ao reggae. A estrutura conta ainda com uma sala de administração e dois banheiros. O projeto arquitetônico do museu tem como principal função homenagear o maior ícone do reggae, Bob Marley, deixando um legado às próximas gerações. O artista foi o responsável por inserir o reggae e a Jamaica no mapa do mundo.

Abrigado no prédio de nº 124 da Rua da Estrela, no centro de São Luís, as obras de adequação para receber o museu ocorreram na estrutura já existente. O projeto foi elaborado pela equipe da Superintendência do Patrimônio Cultural do Estado do Maranhão (SPC/Sectur), coordenada pelo arquiteto e superintendente do órgão, Eduardo Longhi, em parceria com o diretor do Museu do Reggae, Ademar Danilo. 

“Nós entramos com a parte de arquitetura e contemplamos o espaço com a melhor forma da ideia que o Ademar propôs, junto com o pensamento arquitetônico do museu, dando ênfase na parte cultural do reggae,” diz Longhi.

Por Val-André Mutran – de Brasília