Assaltante por pouco não morre por linchamento em Parauapebas

Ele assaltou pessoas as ameaçando com uma imitação de arma de fogo. Entretanto, o marido de uma das vítimas, indignado e destemido, enfrentou o bandido que acabou nas mãos de populares, apanhando um bocado!

Continua depois da publicidade

Vagner Firmino Brandão, 30 anos de idade, escapou de morrer por linchamento, na noite de ontem, quinta-feira (7), no Bairro da Paz, em Parauapebas. Ele, portando uma imitação de arma de fogo, chegou a tomar o celular de uma mulher que estava com a família, sentada em frente de casa, na Rua Jorge Amado, e ainda tentou roubar a motocicleta de uma pessoa que se encontrava no mesmo local.

Entretanto, o marido da mulher cujo celular havia sido subtraído, armado de um pedaço de madeira, correu atrás do bandido, gritando “pega ladrão, pega ladrão”, e à certa altura da perseguição, conseguiu alcançá-lo e jogá-lo ao chão, onde Vagner foi amarrado e passou a ser espancado por populares.

Avisada pelo Centro de Controle Operacional, a guarnição do cabo Batalha se dirigiu ao local e conseguiu tirar o ladrão das mãos de um grupo enfurecido, salvando a vida dele. Em seguida, Vagner foi removido ao Pronto-Socorro municipal para cuidar dos ferimentos e, depois, para a Delegacia de Polícia Civil, onde insistia em dizer que não ficaria preso pois nada conseguiu roubar.

Ainda na DP, ele deu um nome falso, Wagner Honório Brandão. Porém, uma consulta ao Banco Nacional de Mandados de Prisão mostrou que, contra o acusado, havia um Mandado de Prisão Preventiva expedido pela Justiça de Parauapebas, pelo crime de roubo, e também revelou seu nome verdadeiro. Vagner é foragido da Penitenciária de Marabá.

Indagado se percebeu que a arma não era de verdade, o homem que correu atrás do ladrão e que pediu para ter a identidade preservada, disse não ter percebido e afirmou que avançou contra o assaltante acometido de indignação, “mesmo correndo o risco de morrer”.

O cabo Batalha desaconselha esse tipo de atitude, observando que, caso a arma fosse de verdade, o homem poderia ter sido baleado e assassinado, assim como outras pessoas poderia ter saído gravemente feridas. No meio da confusão, a “arma” acabou desaparecendo.

(Caetano Silva)