Aplicativo Infância Protegida e Plataforma Acolhe facilitam denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes

O app é de uso simples e garante o anonimato do denunciante, ao mesmo tempo em que evita violações contra os direitos dessa faixa da população
Da direita para esquerda, Wagner Santos e Jorge Vieira da WV Comunicatica

Continua depois da publicidade

A sociedade de Parauapebas já dispõe de mais um instrumento para denunciar a violência contra crianças e adolescentes. É aplicativo Infância Protegida (IP), que pode ser baixado pela Play Store e pela Apple Store. Por essa ferramenta, é possível fazer a denúncia mantendo o anonimato, evitando que violações dos direitos dessa faixa jovem da população sejam desrespeitados.

O uso é simples: na primeira página, o denunciante relata a violência da qual a criança ou o adolescente foram ou estão sendo vítima, com o maior número de informações possíveis, tudo o que puder informar, como identificação, endereço etc. Na próxima página, pode enviar fotos ou vídeos e, depois encaminha a denúncia aos órgãos da Rede de Proteção.

Agora, com a plataforma e o aplicativo, o atendimento da criança e do adolescente terá maior celeridade, porque cada órgão da Rede de Proteção terá, simultaneamente, as informações daquele atendimento, muito mais rapidamente do que antes. Assim, esse público-alvo terá uma arma contra a violência e, principalmente, o acompanhamento pós-violência.       

O aplicativo Infância Protegida (IP) faz parte do Projeto Comdcap Digital, composto por três ferramentas: o website do conselho, a Plataforma Acolhe e aplicativo IP, pelo qual a população pode fazer denúncias anônimas.

O projeto começou em abril de 2021, de forma colaborativa, com representantes do Comdcap e da Rede de Atendimento da Criança e do Adolescente. Naquele momento, o presidente do conselho, Aldo Serra, sentiu a necessidade de uma ferramenta que integrasse toda a Rede de Atendimento à criança e ao adolescente.

“Então a plataforma começou a ser construía de modo colaborativo, com os representantes dos órgãos que compõem a rede, sugerindo sobre o que deveria conter a Plataforma Acolhe, para que a rede se comunicasse melhor entre si e criou essas ferramentas, também a fim de visibilidade às ações do conselho”, conta a assistente social Milena Lima de Almeida, do Comdcap.

“A plataforma é para os agentes de proteção, para a rede registrar e acompanhar as ocorrências, contém dados estatísticos e relatórios. A rede toda vai alimentar essa plataforma e seguir o fluxo do atendimento da criança e do adolescente”, explica Milena.

A Plataforma Acolhe e o aplicativo Infância Protegida foram desenvolvidos por uma empresa de Parauapebas, com profissionais locais, WC Comunicativa, que se trabalhou no aperfeiçoamento da comunicação da rede, sobretudo de modo simultâneo: a WV Comunicativa.

Em 2022 começou a capacitação da rede para operar a plataforma, foram feitos testes, para saber como a ferramenta iria se comportar, se teria capacidade para suportados todos os órgãos etc. “Este ano, estamos fazendo essa implantação nos órgãos, já foram capacitados mais de 400 profissionais e as capacitações serão permanentes”, disse a assistente social.

“Diante da necessidade de da rede de atendimento, de ter instrumentos de registro, de recebimento de denúncias, o Comdcap criou o Projeto Comdcap Digital, até mesmo para facilitar a criação e o aprimoramento de políticas públicas, de áreas prioritárias. A gente sabe que esse aplicativo vai facilitar o acesso da sociedade para o envio de denúncias”, destaca ela.

Ao mesmo tempo Milena faz uma importante observação: “O aplicativo Infância Protegida, entretanto, não substitui os demais canais de denúncias, como o Conselho Tutelar, o Disque 100 e o Disque-Denúncia, todas ferramentas que contribuem com as crianças e adolescentes na garantia de seus direitos.