Vale é signatária de compromisso global do ICMM para descarbonização do setor mineral

Meta para atingir emissões líquidas zero, até 2050, é parte da agenda ambiental da mineradora.

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A Vale está entre os membros do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) que anunciaram nesta terça-feira (5) o compromisso de atingir a meta de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa (GEE) dos escopos 1 e 2 até 2050 ou mais cedo, alinhados às ambições do Acordo de Paris. O compromisso foi anunciado em carta aberta assinada pelos CEOs das empresas participantes, que compõem um terço da indústria global de mineração e metais. As emissões de escopos 1 e 2 referem-se àquelas sob responsabilidade direta ou indireta das empresas.

Para atingir esta meta, as companhias estabeleceram alguns marcos individuais, que incluem a configuração de metas dos escopos 1 e 2 e acelerar a ação sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do escopo 3, relativos à cadeia de valor. Estes objetivos fazem parte da agenda da Vale, que tem como prioridade estratégica combater os impactos da mudança do clima. Para reduzir em 33% as emissões dos escopos 1 e 2, a empresa fará investimentos entre US$ 4 bilhões e 6 bilhões até 2030, priorizando tecnologias inovadoras e um portfólio de minério de ferro, níquel e cobre de alta qualidade e de classe mundial, crítico para a transição de baixo carbono.

Já a meta de reduzir em 15% as emissões líquidas de escopo 3 até 2035 da Vale é pioneira no setor, com iniciativas já em implementação. Um exemplo é o recente lançamento do briquete verde, tecnologia disruptiva desenvolvida internamente e patenteada pela empresa, que tem potencial para reduzir em até 10% as emissões de clientes siderúrgicos. A Vale tem apoiado a descarbonização da indústria siderúrgica através de iniciativas conjuntas com seus clientes, que incluem o MoU com a Ternium Brasil para o uso de soluções como briquete e produtos à base de biomassa, com menor pegada de carbono (Tecnored). Recentemente, a empresa assinou também uma parceria com a Boston Metals, startup que tem como objetivo produzir aço com emissão zero de CO2.

Na navegação, que também faz parte do escopo 3 da companhia uma vez que não é proprietária de embarcações, a Vale tem testado, em parceria com armadores, tecnologias disruptivas em navios de grande porte. As tecnologias são o Rotor Sails (velas rotativas) e o Air Lubrication (compressores que produzem bolhas de ar no fundo navio, reduzindo o atrito da água com o casco). Ambas reduzem consumo de combustíveis e CO2.

Com informações da Vale