Tuna Luso e Gavião Kyikatejê estão de volta à elite do futebol paraense para a temporada 2021

A Águia Guerreira despachou o Sport Real e o time indígena eliminou o São Francisco
(Foto: Luís Carlos)

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A tradicional Tuna Luso Brasileira, de Belém, e o Gavião Kyikatejê Futebol Clube, de Bom Jesus do Tocantins, sudeste do estado, estão de volta à elite do futebol paraense para a temporada de 2021. Os jogos de volta das semifinais da Segundinha do Parazão aconteceram na manhã desta quarta-feira (16), com a Águia Guerreira e o time indígena conquistando seus acessos.

No Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém, a Tuna Luso Brasileira entrou em campo com a vantagem diante do Sport Real, clube novo da capital paraense. Como no primeiro jogo os cruzmaltinos venceram por 2 a 0, souberam administrar a vantagem e foram cirúrgicos para cima da chamada Andorinha – que, dessa vez, não fez verão. Aos 47 minutos do segundo tempo, Bambelo recebeu lançamento, tocou na saída do goleiro Victor Hugo e correu para o abraço. A Tuna venceu por 1 a 0 e voltou para a elite após oito anos.

“Missão cumprida; importante para a história da Tuna. Corrigimos um histórico do futebol paraense: a Gloriosa não pode ficar tanto tempo fora. Oito anos sem ir à primeira divisão fere um pouquinho o nosso torcedor, a paixão do paraense pelo futebol. Nós vivemos muito intensamente e construímos isso. Essa classificação de hoje só veio ratificar o trabalho feito lá atrás, onde todo mundo abraçou a causa. Um grupo fantástico,” afirmou Robson Melo, técnico da Tuna Luso Brasileira.

No mesmo horário, no Estádio Francisco Vasques, o Souza, também em Belém, o Gavião Kyikatejê enfrentou o time do São Francisco, de Santarém, com a vantagem de jogar pelo empate, já que venceu o jogo de ida por 1 a 0. A partida foi equilibrada, com o Leão Santareno abrindo o placar com Lucas Matheus, de cabeça, logo no início do primeiro tempo. O atacante Aleilson deixou sua marca e empatou para o Gavião com um belo gol por cobertura, 1 a 1.

Minutos depois, o mesmo Aleilson acabou tocando com a mão na bola dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Dé cobrou bem e deixou o São Francisco na frente, 2 a 1. Na etapa derradeira, o time indígena não desistiu e chegou ao gol que garantiu o acesso com Jonathas, aos 22 minutos, 2 a 2.  Com o resultado de empate, o Gavião Kyikatejê está de volta à elite do Parazão, onde jogou pela última vez em 2015.

“Desde 2018, a gente não passava nem da primeira fase. Esse ano foi diferente: nós fizemos um planejamento com vários meninos novos, mas com muita vontade de querer mostrar seu trabalho para eles mesmos, tanto para os índios como para os brancos, porque o time mesclou. Eu sei que muitos, talvez não acreditavam, mas acredito que foi tudo em cima da união e, graças a Deus, nós conseguimos o objetivo que foi o acesso. Agora é se preparar para iniciar a galeria do Gavião com o troféu de primeiro lugar. A gente vai brigar para ser campeão,” disse Zeca Gavião, técnico do Gavião Kyikatejê.

A final da Segundinha do Parazão 2020, entre Tuna Luso e Gavião Kyikatejê, será decidida em partida única, marcada para o próximo domingo (20), às 9h30, no Estádio Francisco Vasques, o Souza, em Belém. 

Por Fábio Relvas