O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira, revelou uma dívida de R$ 580 milhões no setor de saúde do estado e anunciou um decreto de emergência durante uma coletiva de Imprensa nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) enfrenta essa dívida com contratos milionários para a prestação de serviços.

Além da dívida de R$ 580 milhões, o estado tem um débito que pode ultrapassar R$ 1 bilhão, conforme uma apuração iniciada dois meses atrás, após o afastamento de Wanderlei Barbosa do cargo de governador por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Laurez Moreira explicou que, de acordo com análises iniciais, o estado gasta cerca de R$ 26 mil por leito, enquanto Araguaína gasta R$ 11 mil por leito. Para evitar um colapso, o governo pretende implementar estratégias de contenção de gastos, incluindo auditorias e renegociações de contratos com fornecedores. O decreto de emergência visa dar publicidade e regulamentar os pagamentos com recursos da saúde.

Alegando falta de recursos para cobrir as dívidas, o governador e sua equipe planejam ir a Brasília (DF) para buscar auxílio do Governo Federal. Laurez Moreira enfatizou que a gestão inadequada dos recursos é um problema central e que pretende priorizar a saúde.

A assessoria de Wanderlei Barbosa informou que a Secretaria da Saúde tem um orçamento anual de mais de R$ 3,2 bilhões e que é normal que fiquem restos a pagar de um ano para o outro. Destacou ainda que não foram apresentadas provas do suposto rombo financeiro. O Republicanos, partido de Wanderlei, planeja recorrer aos órgãos de controle e entrar com uma ação civil pública caso o decreto seja editado. 

(Fonte: G1 TO. Foto: Heitor Iglesias/Secom Tocantins)