Susipe inicia projeto piloto para uso de bloqueadores de celulares em presídios do Pará

Continua depois da publicidade

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) iniciou a fase de testes de um projeto piloto para o uso de bloqueadores de celulares em presídios do Pará. A instalação de equipamentos capazes de bloquear o sinal telefônico de celulares nas unidades prisionais do Estado é feita por meio de uma cooperação técnica entre Susipe e uma empresa de tecnologia de segurança de Minas Gerais. O objetivo é avaliar se o sistema tem condições de atender o bloqueio de sinal de telefonia celular, dificultando as ações de presos a realizar chamadas, usar internet e enviar mensagens de texto.

OSusispe monitoramento sistema tem como base a geração de ruído nas faixas de frequência dos serviços móveis e rede wi-fi. É um sistema BSR – bloqueador de sinais de rádio comunicação, homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e que fará o bloqueio de frequências de operadoras de telefonia móvel.

“O equipamento permite que os presos fiquem impossibilitados de realizar qualquer comunicação via celular. Os aparelhos ficam sem sinal das operadoras 24 horas. É um sistema programado remotamente que bloqueia e intercepta a transmissão de dados”, explica o engenheiro elétrico, Jorge Moreira, representante da empresa mineira.

Segundo a Divisão de tecnologia da Informação da Susipe (DTI), o sistema apontará os primeiros resultados ainda este mês. Ao fim da fase de teste, uma comissão multidisciplinar da Susipe avaliará o projeto, produzindo um relatório que deverá evidenciar se a capacidade tecnológica utilizada é viável para cumprir padrões adequados de segurança, eficiência e alinhamento com a política do Estado.

Para o gerente do DTI, Marcos Silva, esse processo é uma iniciativa para evitar erros. “Estamos a procura de um serviço de qualidade. Este é um trabalho longo, mas é um começo de uma nova etapa. Agora, estamos em teste e ao fim, teremos a oportunidade de avaliar se a empresa atende a nossa necessidade e, quem sabe, garantir posteriormente uma celebração desse serviço”, explica.

“O diferencial desse equipamento está no módulo de inteligência artificial que é utilizado. A partir do momento que o sistema é instalado ele irá bloquear somente a área interna do presídio. Dos 27 Estados brasileiros, 20 já adotaram esse sistema. No caso do Pará, essa medida será um avanço, e esperamos que ao fim da fase de teste, a Susipe consiga alcançar bons resultados”, comentou o engenheiro da empresa mineira.

O coordenador geral penitenciário, Robério Pinheiro, acredita que a iniciativa trará bons resultados. “O projeto vem reduzir o contato da população carcerária com quem está fora do presidio, o que evita a incidência de crimes originados a partir de casas penais. Com isso, nós passamos a ter total controle sobre a informação intramuros. A medida é importante pois vai diminuir o assédio aos agentes penitenciários, por parte dos presos, para entrada de aparelhos celulares e drogas na unidade”, finaliza.

Em janeiro deste ano, a Penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo (SP), foi a primeira do Estado a receber os bloqueadores de celular. A unidade prisional custodia alguns dos presos mais perigosos do país. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, o investimento total foi de R$ 31 milhões.

O novo sistema de bloqueio do sinal de telefonia celular inclui duas tecnologias. Na primeira, o aparelho “confunde” o celular e capta o sinal emitido pelo aparelho, como se fosse uma antena; já na segunda, o bloqueador emite um sinal que atrapalha a comunicação e a antena mais próxima. Outras 22 unidades prisionais do Estado de São Paulo receberão os equipamentos até o final deste ano.

Fonte: Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará

1 comentário em “Susipe inicia projeto piloto para uso de bloqueadores de celulares em presídios do Pará

  1. Castro Responder

    Venham conversar com a direção do hospital Yutaka Takeda. Lá dentro, não se consegue fazer ligação de celular. Talvez eles possam passar informações com menor custos para ser implantado nas penitenciárias.

Deixe seu comentário

Posts relacionados