Segunda fase da Amazônia Viva apreende madeira e objetos usados para cometer crime ambiental

A segunda fase da operação abrangeu sete pontos do estado, em municípios onde foram detectados focos de calor ou clareiras, mapeados por satélite, entre 13 e 31 de julho

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A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) divulgou, na manhã desta terça-feira (4), o balanço da segunda fase da Operação Amazônia Viva. De acordo com o balanço, 29.409 hectares de área foram validadas para embargo e foram feitas a apreensões de 2.751 m³ de madeira em tora, 719 m³ de serrada e 37 m³ de estaca.

Foram apreendidos ainda 10 tratores, cinco caminhões, um reboque, uma caminhonete, uma motocicleta, 35 motosserras, duas placas solares, quatro rádios comunicadores, 11 armas de fogo e 38 munições, 18 acessórios para beneficiamento de madeira, três correntões e dois sopradores.

A operação, que abrangeu sete pontos do estado, em municípios onde foram detectados focos de calor ou clareiras, mapeados por satélite, entre 13 e 31 de julho, envolveu policiais militares e civis, peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e fiscais da Semas e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). A primeira etapa da operação ocorreu em junho.

Segundo a Semas, a ‘Amazônia Viva’ faz parte da Força Estadual de Combate ao Desmatamento e Queimadas, e é um dos pilares da macroestratégia do governo do estado no projeto “Amazônia Agora”, que, além da repressão aos crimes ambientais, induz a boas práticas ambientais, regularização fundiária e ambiental, com assistência técnica e habilitação para incentivos financeiros aos produtores rurais. Durante as ações, foram lavrados quatro flagrantes e 23 Termos Circunstanciais de Ocorrências (TCOs), que provocaram a prisão de seis pessoas e a instauração de oito Inquéritos Policiais (IPLs).

A equipe ainda atuou em 10 combates a queimadas e incêndios e 22 perícias; e inutilizou ou destruiu 10 acampamentos, sete tratores, três bases de serrarias móveis e outra serraria tipo induspam, um motor de lavra garimpeira e 616 m³ de madeira.

De acordo com o diretor de fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro, que coordena a operação, as ações são para prevenir queimadas e o desmatamento de maneira geral. “O Estado faz a fiscalização para inibir as ações criminosas, com atuações dentro da mata fechada”, explica Ryrton.

Na primeira etapa da operação, no mês de Junho, foram apreendidas 17 motosserras, além de nove veículos (entre escavadeiras e caminhões) e 11 armas de fogo. Na mesma ação foram interditados três garimpos ilegais e lavrados 14 flagrantes por crimes ambientais. A soma das áreas desmatadas e embargadas atingiu 316 km².

(Tina Santos- com informações da Agência Pará)