Rodrigo Maia defende fim da taxa de juros do cartão de crédito e cheque especial

Maia disse se tratarem de dois produtos que “distorcem o sistema financeiro brasileiro para pior”. A declaração foi feita em live organizada por uma corretora
Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

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Brasília – Antes de ganhar a vida como político, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – que exerce o seu sexto mandato –, foi funcionário dos Bancos BMG e Icatu de 1993 a 1997. Nesta terça-feira (7), numa live organizada pela Genial Investimentos, o parlamentar defendeu o fim da taxa de juros do cartão de crédito e do cheque especial. Segundo ele, se tratam de dois produtos que “distorcem o sistema financeiro brasileiro para pior”.

“Tem que acabar essa taxa de juros do cheque especial e tem que acabar a taxa de juros do cartão de crédito. O cartão de crédito parece mais simples, porque esse negócio de parcelado sem juros é uma grande falácia que acaba gerando uma taxa de juros brutal. Isso vai ter que ser discutido – polêmico, mas vai ser discutido,” disse o presidente da Câmara.

Ao chegar ao Congresso na tarde desta terça, Maia voltou a falar do tema em declaração a jornalistas. “Não defendo congelamento de juros, tabelamento de juros. Eu defendo o fim dos produtos como eles estão formatados. Qual é problema no cartão de crédito? O problema é o parcelado sem juros, que acaba concentrando em um número pequeno de pessoas os juros do cartão de crédito, com uma taxa muito alta,” explicou.

O parlamentar do Democratas indicou que o tema não deve ser discutido na pandemia, mas reforçou a importância de trazê-lo à tona. “Seria bom que esse debate viesse dos próprios bancos. Importante que o sistema bancário volte a ter melhor relação com a sociedade. Acho que esses dois produtos distorcem o papel do sistema bancário no nosso país”.

O deputado é filho de um economista e político, o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia. Ele iniciou a faculdade de economia na Universidade Candido Mendes, mas não concluiu o curso.

Por Val-André Mutran – de Brasília

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