Ela voltou. A cidade de Parauapebas, que começou o ano meio tímida nas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro, chegou com tudo em fevereiro, conforme balanço divulgado ontem (30) pelo Ministério da Economia. No mês mais curto do ano e marcado pelo reinício do agravamento da pandemia de coronavírus, a Capital do Minério prosperou e criou 1.461 postos de trabalho com carteira assinada líquidos.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou dados do Caged do mês passado e concluiu que, entre as 5.570 cidades brasileiras, Parauapebas foi a 39ª que mais gerou empregos formais, posição excelente para o começo de ano já marcado por muitas restrições e lockdowns como medidas de contenção à pandemia de Covid-19.
A capital paraense vem logo atrás, na 43ª posição, com 1.389 empregos criados, desempenho também muito bom, já que tradicionalmente Belém é um poço sem fundo de demissões — principalmente no comércio — no início do ano, como ressaca das contratações temporárias de fim de ano. Ananindeua (396), Santa Izabel do Pará (360), Itaituba (308), Canaã dos Carajás (298), Capanema (295), Castanhal (198), Salinópolis (190) e Redenção (188) completam o time das dez cidades paraenses que mais abriram vagas líquidas celetistas.
No extremo oposto, a cidade de Oriximiná, na região de Trombetas, foi a 30ª que mais desempregou no país, tendo registrado excesso de 232 demitidos a mais que contratados. Jacundá, com 72 demissões a mais, também apresentou resultado ruim, assim como Juruti (-65), Paragominas (-42) e Portel (-38).
No acumulado de dois meses, Parauapebas, com 1.760 oportunidades líquidas abertas, lidera a geração de empregos no Pará. Matematicamente, a cidade concentra uma de cada cinco novas vagas de trabalho que surgem no estado cuja população chega este ano a 8,8 milhões de habitantes. O Pará, aliás, criou 6.904 empregos com carteira assinada em fevereiro e 8.930 no acumulado do ano.