O Paragominas Futebol Clube surpreendeu o até então favorito Paysandu Sport Club, e conseguiu vencer o jogo de ida válido pelas semifinais do Campeonato Paraense de 2020. Na noite desta quarta-feira (12), no Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém, o Jacaré abocanhou o Papão, derrotando pelo placar de 3 a 2.

O PFC dominou o primeiro tempo e assinalou duas vezes com o atacante João Neto, aos 10, e aos 26 minutos. O Paysandu chegou a diminuir o marcador ainda na primeira etapa com o gol do atacante Nicolas, de cabeça, aos 45. O Papão conseguiu o empate com o tento do zagueiro Wesley Matos, aos 24 minutos da etapa final. O mesmo Wesley Matos acabou recebendo cartão vermelho, aos 29, deixando o time bicolor com um jogador a menos. O gol da vitória do Jacaré do Norte foi marcado aos 45 minutos, em um golaço de Valker por cobertura.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (19), às 20h, também no Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém. O Paragominas joga pelo empate para chegar na grande final do Parazão, enquanto que o Paysandu terá que vencer por um gol de diferença para levar a decisão da vaga para os pênaltis, ou derrotar o adversário por dois gols e se garantir no tempo normal.

O jogo: olha o Jacaré – 3 a 2!

O Paragominas teve uma grande chance logo no início de jogo, quando Kayka fez boa jogada pela direita e rolou na medida para Alexandre, o meia quis “inventar” um chute de primeira e de três dedos, e furou na hora da finalização. Em seguida, no escanteio cobrado por Alexandre, Aleílson chutou de primeira e mandou para fora. De tanto insistir, o Jacaré abriu o placar. Após uma lambança da zaga bicolor, Wesley Matos foi cortar e mandou nos pés do atacante João Neto, que sozinho mandou para o fundo do barbante, aos 10 minutos.

Só dava PFC. Aleílson recebeu lançamento e chutou cruzado, mas a bola foi fraca para a defesa de Gabriel Leite. O Paysandu finalmente chegou. Após lançamento na área, o zagueiro Micael subiu de cabeça, e a bola foi para fora, mas a arbitragem havia paralisado o lance marcando falta de ataque. O Papão tentou o gol de empate na cobrança de falta do atacante Mateus Anderson, só que o chute passou por cima da meta adversária.

Quem marcou mesmo foi o Jacaré do Norte. Aleilson recebeu lançamento, invadiu a área e chutou, o zagueiro Wesley Matos salvou quase em cima da linha, mas a bola caiu nos pés de João Neto que não perdoou, aos 26 minutos, 2 a 0 PFC. O time bicolor tentou acordar para o jogo e Victor Diniz mandou um chutaço e parou na grande defesa do goleiro Gustavo. Outra vez o Papão chegou com o mesmo Victor Diniz, que chutou e o goleiro Gustavo saiu no abafa desviando para escanteio.

Os jogadores do Paysandu estavam querendo definir no individual. O meia Victor Diniz tentou novamente e chutou de fora da área, mas a bola foi pela linha de fundo. Em mais um contra-ataque, Aleilson chutou e o goleiro Gabriel Leite defendeu e na sobra, João Neto bateu para o corte de Wesley Matos de cima da linha. O Papão chegou ao seu tento, quando Victor Diniz cruzou na medida da esquerda para a cabeçada do atacante Nicolas, que subiu no meio de toda a defesa e marcou, aos 45 minutos, 2 a 1. Foi o nono gol de Nicolas no Parazão, agora artilheiro isolado.

No lance seguinte, o Paysandu quase empatou com Uilliam Barros, que chutou e acabou travado pela defesa do Jacaré. Na etapa final, Nicolas teve a chance do empate, quando se livrou da marcação e chutou por cima da meta do PFC. De novo o Papão. Vinícius Leite cobrou falta no primeiro pau, Uilliam Barros raspou de cabeça e a bola passou perto. O lateral-direito Netinho do Paysandu cai na área e pede pênalti, mas o árbitro Joelson Silva dos Santos mandou o jogador levantar e ainda mostrou cartão amarelo por simulação.

O Jacaré quase ampliou com Aleilson, o atacante recebeu, ganhou da marcação na velocidade e chutou, a bola passou quase tirando a tinta da trave da meta bicolor. O Papão chegou ao empate, quando Bruno Collaço cruzou da esquerda, o goleiro Gustavo aliviou o perigo, mas a bola caiu nos pés do zagueiro Wesley Matos, que não perdoou e encheu o pé par ao fundo do barbante, aos 24 minutos, 2 a 2 no Mangueirão.

O zagueiro Wesley Matos se empolgou e entrou mais forte no atacante Aleilson, levando o segundo cartão amarelo, e consequentemente o cartão vermelho. Com isso, o Papão ficou com um jogador a menos, aos 29 minutos. Na cobrança de falta, Valker mandou um balaço e o goleiro Gabriel Leite salvou o Paysandu mandando para escanteio. O time bicolor quase virou o jogo com Vinícius Leite que arrancou bem com a bola dominada e chutou cruzado, Elielton chegou atrasado e não alcançou para marcar.

Nos momentos finais, o PFC se atirou para o ataque. Na primeira tentativa, Mateus recebeu pelo meio e chutou para a defesa do goleiro Gabriel Leite. Na segunda chance, não teve jeito. A zaga do Papão saiu jogando errado, Valker roubou a bola, arrancou e tocou com muita categoria por cima do goleiro Gabriel Leite, marcando um golaço, aos 45 minutos. Os bicolores tentaram o empate, mas o escanteio no final do jogo foi mal cobrado. Placar final: Paragominas 3 x 2 Paysandu.

FICHA TÉCNICA

PARAGOMINAS: Gustavo; Diego, Robinho, Yan e Renan; Alisson (Mateus), Biro e Alexandre (Tharcio); Kayka (Buiú), João Neto (Valker) e Aleilson. Técnico: Robson Melo

PAYSANDU: Gabriel Leite; Netinho (Tony), Micael, Wesley Matos e Bruno Collaço; Anderson Uchôa (PH), Serginho (Perema) e Victor Diniz; Mateus Anderson (Vinícius Leite), Nicolas e Uilliam Barros (Elielton). Técnico: Hélio dos Anjos

Árbitro: Joelson Silva dos Santos

Assistente 1: Luís Diego Nascimento Lopes

Assistente 2: Jhonathan Leone Lopes

Cartões amarelos: Wesley Matos, Netinho, Micael, Elielton e Hélio dos Anjos (Paysandu); Alexandre, Aleilson, Biro, Gustavo, Diego e Buiú (Paragominas)

Cartão vermelho: Wesley Matos (Paysandu)

Gols: João Neto, aos 10, e aos 26 minutos do 1° tempo, para o Paragominas; Nicolas, de cabeça, aos 45 minutos do 1° tempo, e Wesley Matos, aos 24 minutos do 2° tempo, para o Paysandu; Valker, aos 45 minutos do 2° tempo, para o Paragominas

Local: Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém

Por Fábio Relvas / Foto: Cristino Martins