Pará já supera Goiás e Santa Catarina em arrecadação, mostra Tesouro

Balanço orçamentário do Pará reporta R$ 5,331 bilhões, R$ 50 milhões acima do CE, R$ 200 milhões além de SC e R$ 225 milhões acima de GO. Receita por pessoa, no entanto, é 7ª pior.

Continua depois da publicidade

Pela primeira vez na história, o Pará ultrapassou os estados de Goiás e Santa Catarina, duas potências econômicas do país, em arrecadação de receitas correntes. O rei da mineração nacional faturou no primeiro bimestre deste ano R$ 5,331 bilhões, conforme reportado no balanço orçamentário consolidado nesta segunda-feira (5) pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), para onde quase todos os governos estaduais e do Distrito Federal já encaminharam sua execução orçamentária referente a janeiro e fevereiro.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu. Apenas o governo do Rio Grande do Norte não encaminhou seu balanço, ainda assim o Blog foi diretamente ao portal da transparência daquele estado e capturou os dados oficiais.

Hoje, o Pará é o 8º estado do país que mais fatura dinheiro “vivo”. Essa posição é expressiva porque nunca antes o Pará esteve nela. A sua frente sempre estiveram Ceará, Goiás e Santa Catarina. O Ceará tem um forte setor de serviços e uma indústria química considerável. Goiás é símbolo do agronegócio. E Santa Catarina tem setores de indústria e turismo pujantes.

Apesar das vantagens em relação ao Pará, que sobrevive de seu subsolo e escora na poderosa indústria extrativa mineral que retira do chão minérios de importância global, os governos do Ceará, Goiás e Santa Catarina arrecadaram menos nos primeiros dois meses de 2021. O Ceará recolheu R$ 5,272 bilhões. Já Goiás embolsou R$ 5,106 bilhões. Por seu turno, Santa Catarina faturou R$ 5,135 bilhões.

Só arrecadaram mais que o Pará os governos de São Paulo (R$ 47,87 bilhões), Minas Gerais (R$ 18,407 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 11,766 bilhões), Bahia (R$ 8,869 bilhões), Paraná (R$ 8,391 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 7,73 bilhões) e Pernambuco (R$ 6,778 bilhões).

Receita per capita baixa

Apesar da ostentação paraense, altamente concentrada na atividade de empresas mineradoras, a receita recolhida ainda é muito baixa quando pulverizada no total de habitantes. O resultado do Pará, com média de arrecadação de R$ 613, é o 7º pior do país, só não inferior ao de Rio Grande do Norte (R$ 603), Bahia (R$ 594), Ceará (R$ 574), Alagoas (R$ 573), Paraíba (R$ 557) e Maranhão (441).

Confira o resumo dos balanços entregues pelos estados ao Tesouro Nacional e condensados com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu!