Pará encerra 2022 como estado mais “enrolado” para abrir um negócio

Burocracia atravessa caminho do crescimento da maior economia da Região Norte e faz com que empreendedor demore cerca de 3 dias para abrir um negócio. Em Belém, são quase 5 dias

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Um balanço recém-divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços revela que a economia paraense só não avança mais, entre outros fatores, devido ao excesso de burocracia para abrir um negócio. O estado é o lugar mais demorado do país para abrir uma empresa, com demora de absurdos dois dias e três horas. A burocracia elimina por ano milhares de postos de trabalho. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

Os dados do terceiro quadrimestre de 2022 revelam que o tempo estimado para viabilizar uma empresa no Pará é de dois dias e duas horas e mais uma hora para registrá-la, totalizando absurdas 51 horas. Em relação ao segundo quadrimestre, a burocracia sofreu aumento de 15 horas. Mesmo no segundo estado mais enrolado para abrir uma empresa, o Rio de Janeiro, o tempo é de um dia e dez horas — ou 17 horas a menos que no Pará.

Com as horas que se gasta para abrir uma empresa no Pará, em Sergipe, estado menos burocrático do país, seria possível abrir oito empresas e meia — são incrivelmente apenas seis horas de demora para iniciar e finalizar o processo de registro de um novo negócio. Em Sergipe, aliás, a burocracia regrediu quatro horas em relação ao segundo quadrimestre, e a viabilidade de um novo negócio é atestada em apenas cinco horas.

No Norte do país, o Amazonas, vizinho do Pará, é o estado mais descolado para abrir um negócio. Por lá, gasta-se apenas metade de um dia para formalizar o registro de uma empresa, o que faz dele o segundo estado menos burocrático.

Quase 5 dias em Belém

Sem segredo, entre as capitais, a paraense lidera em demora para abrir uma empresa. Na segunda maior metrópole da Região Norte, um investidor gasta em média quatro dias e 19 horas para registrar um negócio. Essa via crucis, que totaliza 115 horas, é uma das razões pelas quais o estado não se desenvolve economicamente e a própria capital deixa de arrecadar com isso. O Ministério do Desenvolvimento mostra que Belém é, entre todos os 5.570 municípios brasileiros, o 6º mais burocrático para abrir uma empresa.