No Pará, 10 prefeituras mais ricas arrecadam quase metade das 144

Elas movimentam em 12 meses ‘Everest’ de dinheiro da envergadura de quase R$ 14 bilhões. Estado já tem 5 prefeituras bilionárias e fazendo a sexta só perderá para SP, MG, RJ, PR e RS

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Em 12 meses corridos, entre setembro de 2021 e agosto de 2022, as dez prefeituras com maior faturamento no estado ajuntaram uma fortuna equivalente a praticamente metade do que as 144 arrecadam juntas. São, ao todo, R$ 13,663 bilhões, de acordo com prestações de contas oficiais feitas pelas próprias administrações.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que computou a receita líquida, aquela da qual já constam as deduções legais. Na lista estendida para até a 20ª colocação, as prefeituras ajuntaram um total de R$ 17,278 bilhões, o equivalente a 62% dos R$ 28 bilhões que todas as administrações municipais movimentam juntas em um ano inteiro.

A grande novidade é que, agora, o Pará conta com cinco prefeituras bilionárias, com o ingresso de Ananindeua em agosto. Sem novidade, Belém tem a prefeitura mais rica do estado, com receita líquida de R$ 3,783 bilhões. Na sequência, para completar o pódio, aparecem as prefeituras de Parauapebas (R$ 2,694 bilhões) e Canaã dos Carajás (R$ 1,672 bilhão), administrações que têm perdido receitas em relação ao ano passado devido à queda no recolhimento de royalties de mineração. As prefeituras de Marabá (R$ 1,3 bilhão) e Ananindeua (R$ 1,005 bilhão) completam o time estelar das bilionárias.

A riqueza da Prefeitura de Santarém também chama atenção. Nos últimos três anos, a receita da Pérola do Tapajós disparou de forma importante, de maneira que o principal município do oeste do estado está prestes a ingressar ao pelotão do bilhão — atualmente a receita de 12 meses é de R$ 992,33 milhões. Se isso ocorrer até o final deste ano, o Pará só vai ficar atrás dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul em quantidade de prefeituras com arrecadação líquida superior a R$ 1 bilhão.

Correndo por fora

Gravitando na órbita do meio bilhão, para mais ou para menos, sete prefeituras se aglomeram no ranking da riqueza, com dinheiro para administrador algum botar defeito. Castanhal, com R$ 627,69 milhões, é a mais empoderada desse grupo, seguida pela Prefeitura de Barcarena, cujo faturamento anual gira em torno de R$ 589,09 milhões.

A Prefeitura de Altamira, que deu salto nas finanças depois da instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, já pode se gabar de um faturamento de mais de meio bilhão: exatos R$ 524,87 milhões em um ano. Altamira está acima das rivais de mesmo porte, como Paragominas (R$ 474,54 milhões), Itaituba (R$ 461,49 milhões) e Tucuruí (R$ 427,72 milhões), esta última a que menos prospera no grupo e que corre o risco de ser ultrapassada pela riqueza do governo de Cametá (R$ 403,4 milhões).

Na sequência, até a 20ª colocação, aparecem as prefeituras de Marituba (R$ 388,14 milhões), Abaetetuba (R$ 379,99 milhões), Breves (R$ 373,93 milhões), Redenção (R$ 307,66 milhões), Bragança (R$ 304,24 milhões), São Félix do Xingu (R$ 290,03 milhões) e Tomé-Açu (R4 278,59 milhões).

Confira o ranking completo das 20 prefeituras com maior receita líquida no Pará, no período de um ano, entre setembro de 2021 e agosto de 2022, conforme prestação de contas feita por elas próprias aos órgãos de controle externo.