Marabá vai abastecer saúde municipal com medicamentos de uso controlado

Investimento é estimado em R$ 7,3 milhões, mira UTI e se atem à aquisição de 141 diferentes itens, entre eles remédios caros que atuam em parada cardíaca, trombose e embolia pulmonar

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Uma medida tomada esta semana pela administração de Tião Miranda vai ampliar o acesso a medicamentos de uso controlado pela população. É que o governo de Marabá abriu licitação, na modalidade pregão eletrônico, para registrar preços no próximo dia 25 de 141 itens de alta demanda pela rede pública municipal de saúde. A previsão é de que sejam investidos R$ 7,387 milhões com a iniciativa. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

Há diversos tipos de medicamentos no pacote, com variados custos e muitos essencialíssimos, que podem realmente salvar vidas. O mais caro deles, o alteplase, custa R$ 3.273 cada frasco ― e estão sendo demandados 90 unidades. Mas também pudera: esse medicamento é poderoso no tratamento de doenças perigosas, como AVC, trombose profunda e embolia pulmonar. De importância similar há as ampolas de surfactante pulmonar, no custo de R$ 3.130 cada uma das 60 solicitadas, e 48 frascos de risperidona, ao custo de R$ 1.584 cada. O medicamento mais barato é o comprimido de pirimetamina, que custa 10 centavos cada.

Vale lembrar que, por se tratar de pregão, a Prefeitura de Marabá não vai necessariamente comprar todos os produtos de cujo preço ela está cotando. As aquisições serão eventuais e sempre que houver necessidade expressa da rede de saúde, desobrigando o governo municipal a levar para casa tudo de uma vez.

Readequação da UTI

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), autora do processo para aquisição dos medicamentos, diz que uma das razões para a compra é a readequação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Marabá (HMM). Segundo a pasta, a ausência desses insumos pode acarretar “consequências graves e incalculáveis” tanto para o município quanto para a vida dos cidadãos que dependem de internação em UTI.

Uma das consequências elencadas pela SMS é que, se não for feita a compra via pregão, é certo que haverá aumento considerável de gastos devido à necessidade de compras emergenciais, que resultam na maioria das vezes na aquisição de produtos com custo mais elevado e sem a qualidade esperada.

A Prefeitura de Marabá informa que alguns itens que estão sendo licitados já foram espécie de pregão anterior, mas o processo acabou fracassado. Agora, em licitação mais ampla, busca-se também suprir o déficit de medicamentos corriqueiros na Farmácia Básica e os remédios de uso controlado para os postinhos e demais estabelecimentos de saúde.