A segunda-feira (4) começou em Jacundá com longas filas na porta da agência da Caixa Econômica e da casa lotérica. Cena que se repete desde o início do pagamento do auxílio emergencial. “Cheguei aqui às 4 da madrugada, mas não consegui ser o primeiro da fila”, diz o desempregado José Raimundo da Silva, que tenta sacar o dinheiro liberado pelo governo federal. As ruas nos arredores da agência estão interditadas.
Nas últimas duas semanas as autoridades do setor de Saúde tentam controlar a situação. Agentes da Vigilância em Saúde, departamento ligado à Secretaria Municipal de Saúde, visitam os locais com apoio da Polícia Militar com o objetivo de orientar os clientes a manter distanciamento social e pedir o uso de máscara de proteção.
“Estou aqui desde às 6h e não tenho previsão para ser atendido”, diz a doméstica Maria Cecília Batista, que estava sem a máscara de proteção. “Vou receber meu auxílio para poder comprar”, explica ela, que estava na centésima posição da fila que dobrava o quarteirão onde está localizada a agência da Caixa. Na lotérica da cidade, uma equipe da Saúde orienta os clientes sobre as medidas preventivas.
A Secretaria de Assistência Social também realiza trabalhos no local. Estamos realizando um trabalho de orientação sobre os programas sociais da Assistência Social, como Bolsa Família e Cadastro Único, também coordenando a fila para manter o distanciamento social com distribuição de máscara para os usuários que não têm, além de emissão de cópias de documentos”, explica a secretária Valkíria Vale.
Outra medida adotada nesta segunda-feira foi o fechamento da rua em frente à agência da Caixa. “Estamos fechando a Rua Jarbas Passarinho e instalando as tendas para melhorar o conforto e o distanciamento entre as pessoas”, finaliza Valkíria.
(Antonio Barroso)