Dom Eliseu: Emater apoia piscicultores para testar sanidade do pescado produzido em cativeiro

Para mostrar que o pescado produzido em cativeiro está livre de doenças da “Urina Preta” e tem boa qualidade, foi realizada uma tambaquisada, com a distribuição de 800 quilos de tambaqui assado à população
Tamquisada distribuiu 800 quilos de tambaqui assado à população

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Piscicultores do município de Dom Eliseu, no sudeste do Pará, estão recebendo apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), para mostrar que o peixe produzido em cativeiro tem boa qualidade e está livre da doença de Haff, que é popularmente conhecida como doença da “Urina Preta”. Dentro desse trabalho, que visa tirar o medo da população em consumir pescado após casos da doença no Pará, foi realizada, no Mercado Municipal de Dom Eliseu, no último domingo (26), uma tambaquisada, com a distribuição de 800 quilos de tambaqui assado para a população.

Além de Dom Eliseu, o escritório da Emater na localidade também está fazendo ações semelhantes nos municípios de Rondon do Pará e Ulianópolis, na mesma região, visando o esclarecimento dos consumidores sobre a sanidade dos peixes provenientes de criatórios. Segundo a Emater, esse trabalho de conscientização é em função da enorme queda do consumo de pescado na região, por conta, principalmente, da disseminação de notícias falsas que associavam a ocorrência da doença de Haff ao consumo de peixes de criatório.

A ação, que conta também com a parceria da Prefeitura de Dom Elizeu e Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), inclui visitas às propriedades produtivas, elaboração de vídeos, palestras e ações nos pontos de vendas. “Mais de 90% das vendas de pescado aqui da região foram afetadas, então a gente precisava mostrar que a criação de peixes envolve uma série de cuidados, desde a limpeza e desinfecção dos viveiros, a alimentação, o controle da água dos tanques, enfim que os piscicultores trabalham seguindo uma série de recomendações técnicas que garantem a qualidade do peixe de cativeiro”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, José Francisco Lima Seixas, especialista em piscicultura.

O piscicultor Janison Oliveira foi um dos produtores locais que participou da ação, mostrando todo o processo produtivo em sua propriedade rural e acredita que o consumo vai voltar ao normal com o trabalho de conscientização. “Está ação foi necessária para desmentir as falsas mídias que aconteceram com relação ao peixe de cativeiro. Também acredito que vai ter um resultado positivo em relação ao que foi falado para a população”, espera o produtor.

Segundo o chefe do escritório da Emater em Dom Eliseu, Raimundo Nonato Salazar, atualmente são acompanhados pela Empresa no município 25 piscicultores, que produzem ao ano uma média de 200 toneladas de peixes. Ele adianta que o trabalho de organização da categoria será a próxima etapa para fortalecer e qualificar ainda mais a piscicultura em Dom Eliseu.

“A piscicultura é uma atividade que está em ascensão no município e nós estamos trabalhando uma maneira de garantir uma identidade jurídica para esses produtores, criando uma associação ou uma cooperativa”, ressalta Raimundo Nonato.

De acordo com ele, e escritório da Emater em Dom Eliseu atende a 450 famílias de agricultores familiares em áreas diversificadas desde a produção de grãos, bovinocultura, fruticultura, produção de hortaliças e a piscicultura.

Tina DeBord- com informações da Emater