Diretoria do SINTICLEMP está preocupada com impasse com o Sindicato Patronal

Continua depois da publicidade

Francisco Canindé Dantas, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Leve e Pesada do Mobiliário de Parauapebas (SINTICLEPEMP), está demonstrando a sua preocupação em relação ao impasse da negociação coletiva 2009/2010 que, segundo ele, está atrasada há alguns meses.

Para Francisco Canindé, o sindicato patronal denominado Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (SINDUSCON-PA) “insiste em colocar uma cláusula sobre as horas in intineres com um número muito inferior ao que foi mensurado em um ato de inspeção da Justiça do Trabalho. Sendo que eles estão oferecendo apenas 15 minutos do Núcleo Urbano de Carajás até a mina. Nós entendemos que a proposta é inviável e queremos separar as horas in intineres da questão salarial, que é um direito sagrado do trabalhador, que todo ano tem direito ao reajuste em seu salário e o sindicato patronal está se servindo dessa situação para dificultar e colocar está causa”, enfoca o presidente.

Ainda segundo Francisco Canindé Dantas, a insistência do SINDUSCON de Belém, vem desde as negociações coletivas de 2007/2008, onde segundo ele, a classe perdeu 1%, 2008/2009 perdendo assim 2%, sendo que agora em 2009/2010 continua o mesmo impasse. “O SINTICLEPEMP está preocupado com a insatisfação dos trabalhadores que estão no terceiro mês sem o seu aumento e nós tememos que aja uma revolta dos trabalhadores, a exemplo que aconteceu em Belém, que foi desastroso. Queremos que seja tomada uma providência do Sindicato Patronal para que negocie o salário e deixe a questão das horas in intineres de lado, haja vista que estamos esperando uma decisão da Justiça do Trabalho sobre esse assunto”, relata.

Em Parauapebas existe uma Delegacia Regional do SINDUSCON, onde as negociações foram iniciadas, porém, as mesmas foram transferidas para a sede do SINDUSCON em Belém do Pará, o que para Francisco Canindé, dificultou ainda mais as negociações.

Atualmente mais de 3.500 trabalhadores são associados ao SINTICLEPEMP e estão à espera das negociações.

Reportagem: Bariloche Silva