Cosplay e K-pop, entre outras atividades interativas, marcam o 2º Anime Can

Com um roteiro que foi do clássico às novidades no hobby, o Anime Can tem mostrado que a cultura alternativa veio para ficar na “Terra Prometida”.

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Para a geração que curte animes e games este domingo (16) foi, sem dúvidas, pura diversão durante o 2º Anime Can, em Canaã dos Carajás. O encontro aconteceu no salão de eventos de um hotel no Bairro Novo Brasil e reuniu, durante todo o dia,  centenas de crianças, jovens e adultos. Com um roteiro que foi do clássico às novidades no hobby, o Anime Can tem mostrado que a cultura alternativa veio para ficar na “Terra Prometida”.

E, se alguém ainda acha que esse tipo de diversão não se encaixa no universo dos adultos, é porque não conheceu Jaime Laurido, um aposentado que deixou a modéstia de lado e saiu de Marabá para acompanhar a filha Maria Clara,16.

O homem, no auge de seus 70 anos, com sua bandana preta, anéis estilo Rock in Roll, calça de couro e uma familiar camisa estampada com a máscara do pintor “Salvador Dalí”, de La Casa de Papel, era impossível de passar desapercebido em meio à multidão.

“Eu não conhecia a cultura, passei a ter contato por causa da minha filha. Sabe como é, os filhos gostam e a gente tem de gostar também. Eu faço o gênero motociclista, mas, como aqui a história é outra eu, pelo menos, fiz o possível pra tentar parecer mais com  brincadeira”, contou.

Além de um leque de atrações entre dança, concursos, exposições, sala K-pop, games e oficinas, o evento Geek, realizado pelo Otakus de Canaã, também proporcionou aos participantes brincadeiras,  torneio de xadrez, duelo de cartas e quiz.

“A cidade tem pouca atração cultural e o que nós queremos é oferecer um evento para todos os públicos. O nosso  intuito é juntar todas essas tribos urbanas que existem dentro da cidade para que possam interagir em um dia exclusivo para eles e colocar Canaã dentro de um cenário cultural alternativo no Estado”, destacou Mauro Lucena, organizador.

Cosplay foi o que não faltou entre os participantes que não abrem mão de homenagear seus personagens fictícios da cultura pop japonesa. A Ana Stéfane é um exemplo, ela, o marido e o filho de um ano e meio vieram devidamente caracterizados do município de Parauapebas literalmente para se divertir.

Com um sorriso largo, era impossível negar que a expectativa havia sido superada. “Nós estamos fazendo cosplay de Hunter X Hunter. Eu sempre fui apaixonada por essa cultura e o engraçado é que a gente se conheceu e um não sabia que o outro também gostava e deu supercerto. Agora estamos passando essa paixão para o nosso filho”, explicou.

Conhecido por desenvolver trabalhos para a Marvel (Editora de quadrinhos americanos e mídia relacionada), o quadrinhista/ilustrador, Eric Plak, estava entre os convidados. “A minha profissão é um pouco solitária, é apenas eu, o papel, o lápis e nada mais, e esses eventos dão a oportunidade de nós estarmos mais perto de quem gosta do nosso trabalho e divulgá-lo um pouco mais para a galera. Aqui no Anime Can tem muita gente que gosta dessa arte e é muito importante manter esse contato”, afirmou Eric.

Segundo Mauro, o evento tem crescido a cada nova edição e a cultura alternativa vem ganhado cada vez mais adeptos. “O Anime Can está nos surpreendendo. Tem gente vindo de várias cidades [Marabá, Tucuruí, Parauapebas]. Muitas pessoas acham que isso é só para adolescentes, mas é para todos os públicos. Hoje nós temos médicos, empresários e políticos participando”, afirmou.

Ainda segundo o organizador, a iniciativa tem dado tão certo, que já está confirmado o 3ª Anime Can para 2019. “A terceira edição vai ser muito maior”, concluiu.

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