Com apoio da Vale, cooperativas impulsionam reciclagem e transformam vidas no sudeste do Pará

Corema e Colettar transformam resíduos em renda e desenvolvimento para comunidades

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O Brasil produz cerca de 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, mas apenas 4% desse volume é reciclado, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nesse cenário desafiador, iniciativas locais vêm se destacando como exemplos de transformação social e ambiental. É o caso da Corema (Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis de Marabá) e da Coolettar (Cooperativa de Catadores de Canaã dos Carajás), que, com o apoio da Vale, estão convertendo resíduos em renda e desenvolvimento para comunidades do sudeste do Pará.

Fundada em 2019 a partir do Programa de Empreendedorismo Social e Comunitário, promovido pela Vale em comunidades ao longo da Estrada de Ferro Carajás, a Corema já é fonte de sustento para 21 famílias. Em cinco anos de atuação, a cooperativa reciclou 570 toneladas de resíduos, entre papel, plástico e ferro, evitando a emissão de 1.300 toneladas de CO₂ na atmosfera. Esse volume equivale à emissão anual de cerca de 1.030 carros a gasolina. Além disso, a economia de energia gerada com a reciclagem desses materiais seria suficiente para abastecer quase 81 mil residências por um mês.

A Vale, que apoiou a criação da cooperativa e contribuiu com a compra de maquinário e veículo de coleta, agora está investindo na capacitação da equipe em gestão de negócio, por meio de uma parceria com o Sebrae.

Para Magna Oliveira, de 48 anos, moradora do bairro há uma década e catadora há quatro anos, a parceria tem ajudado a dar visibilidade ao trabalho dos catadores. “Quando comecei, enfrentei preconceito até na família. Mas com o apoio da Vale, consegui me qualificar e tirar minha habilitação. Esse trabalho gera renda, conhecimento e ainda ajuda o meio ambiente”, celebra.

Segundo Eloiso Araújo, Diretor de Gestão de Territórios Norte da Vale, o apoio a negócios comunitários e a outras cadeias econômicas, para além da mineração, reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e o desenvolvimento das comunidades locais. “Ao apoiar essas cooperativas, fortalecemos a economia circular e contribuímos para a inclusão social e a preservação do meio ambiente, temas centrais da COP30, maior evento climático que será sediado em Belém em novembro”, afirma.

Coolettar: expansão regional e sustentabilidade

Em Canaã dos Carajás, a Vale também apoia uma iniciativa comunitária voltada à destinação correta de resíduos: a Coolettar. Criada há dez anos por ex-catadores do antigo lixão a céu aberto da cidade, a cooperativa hoje reúne 17 famílias e atua com foco em inclusão produtiva e sustentabilidade.

Em 2022, a Coolettar firmou parceria com a Vale para coletar resíduos de papel e plástico gerados na unidade de Sossego. Dois anos depois, o acordo foi estendido para as minas de Serra Sul (S11D), em Canaã dos Carajás, Serra Norte (Carajás), em Parauapebas, e Serra Leste, em Curionópolis.

Agora em junho, a parceria foi ampliada para coleta de metais em Serra Sul. “É uma grande conquista, traz mais sustentabilidade para o nosso trabalho, renda, emprego e proteção ao meio ambiente. Representa crescimento”, diz Valéria Silva, presidente da Coolettar.

Entre 2024 e maio de 2025, mais de 201 toneladas de papel e plástico foram coletadas. Antes disso, a Vale já havia contribuído com a doação de equipamentos de segurança, prensas para resíduos e veículos de coleta. Desde sua fundação, a Coolettar também recebeu apoio técnico em gestão, governança, comercialização e participou de capacitações empreendedoras promovidas pela Vale.

(Ascom Vale)

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