Coluna do Chico Brito

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Chico Brito 2JUSTIÇA
Toda vez que alguém usa da palavra para mentir ou esconder a verdade ele está aumentando a injustiça que existe no mundo (Camus). Toda justiça, (como toda injustiça) é, necessariamente, social. Justiça não é como sexo, que pode ser individual, a dois, ou coletivo (social). Justiça, enquanto ainda no âmbito individual, não é justiça, é Ética. A Justiça só passa a existir no momento em que se movimenta do território de anseio individual, para o coletivo.

PREJUDICADOS
O SENAI abriu inscrições entre os dias 19 e 23 últimos para interessados em cursos profissionalizantes, porta de entrada para emprego na Vale. Uma das exigências era o comprovante de estar cursando o 2º Grau. Nas escolas estaduais – que funcionam a partir de 15 horas – muitos alunos perderam a oportunidade por não terem conseguido a tempo a respectiva declaração. Que, aliás, nem seria necessária, se as escolas entregassem mensalmente os boletins a cada um, como deveriam.

SEGURO DESEMPREGO
No Brasil, o que são as empresas estatais? São o seguro desemprego de político sem mandato. Fora os políticos, quem defende estatal? Só os boqueiros, aqueles cabos eleitorais que sonham com uma boquinha em uma empresa do governo, por que, se tiverem que encarar emprego em empresa privada, estarão na roça e só de pensar em trabalhar e produzir, até adoecem. Passariam a vida correndo atrás de licenças médicas.

A MINA
Mas não é só, tem mais. Paus mandatos são plantados nas estatais com a missão precípua de tungar o dinheiro público para financiar seus chefes, seus partidos, e, é claro, fazem com isso suas fortunas pessoais. E de agora em diante, muito provavelmente, é nas estatais que os fichas sujas – Ph.D.´s em rapinagem – ou seus laranjas, também serão acoitados. No Brasil, estatais são minas de fundo ilimitado.

O SEGUNDO MAIOR
Poucos meses atrás, quando dei entrevista ao Jornal da Globo, Angra dos Reis era o município que mais exportava no Brasil e Parauapebas o quarto. Hoje, Parauapebas já é o segundo. E repito o que disse na ocasião: apesar disso, estamos em estado de calamidade. O povo, claro. Por que os políticos nunca estiveram melhor. Nossa cidade está que é uma farra só.

SUPLEMENTAÇÃO
Darci quis bancar o esperto escondendo do povo a arrecadação, mandando para a Câmara uma Previsão Orçamentária para 2010 subdimensionada, com 60% de suplementação embutidos na lei. A Câmara só aprovou 20%, e há mais de um mês ele foi obrigado a pedir nova suplementação ao Legislativo. Aí, já viu, né?

MEIA PALAVRA BASTA
O prefeito terá, ainda neste ano, mais de meio milhão do que o previsto, em seu caixa. E depende da Câmara para poder gastá-lo. Por isso já se comenta na cidade, entre os mais entendidos, que o custo para aprovação da nova suplementação custará aos cofres municipais mais de vinte milhões de reais. Como diria Hemingway, Paris é uma festa. (Parauapebas, muito mais).

DEU A LOUCA
Enquanto todo o PMDB em Parauapebas se empenhava na campanha de Jatene, mais aguerrido até do que muitos petistas, o vereador Odilon caiu com tudo em campo, pedindo votos para Ana Júlia. Não deu para entender, por que Odilon nem é da bagaceira.

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3 comentários em “Coluna do Chico Brito

  1. Tameka Moris Responder

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  2. Nome (obrigatório)Tucuma Responder

    Chico, sobre o orçamento, eu ja vi, e voce tambem, pois foi vereador, agora tem muita gente que ainda nao viu, nao sabe o que acontece na camara de vereadores quando o prefeito pede uma suplementaçao orçamentaria. Explico. É a hora mais esperada pelo vereador. a hora do faz me rir, e tem um ou dois que nao riem por pouco, é preciso muita cosega ou gracinha para que ria. E a nós so nos resta sentar na callçada e chorar lagrimas de esguicho.

  3. Nome (obrigatório) Responder

    jornalista Amaury Ribeiro Junior entregou nesta terça-feira (26) uma carta aos jornalistas contendo parte do material entregue por ele à
    Polícia Federal em relação a investigações que fez no período de 1998 e 2002 sobre as privatizações de empresas estatais no governo Fernando Henrique Cardoso.

    Confira na íntegra a carta de Amaury Ribeiro Jr.:

    Nota à imprensa

    Aos colegas jornalistas:

    Estou passando às mãos de todos cópia de uma pequena parte do material que entreguei hoje à Polícia Federal. Todos os papéis foram
    obtidos de forma legal sem quebra de sigilo fiscal. Vale lembrar que a documentação refere-se aos anos de 1998 até 2002.

    O que foi entregue não é resultado de militância partidária, que nunca tive, e sim da única militância que reconheço e pratico, a do jornalismo. Prova disse é que, em junho de 2005, fui o autor de “Aparece o dinheiro”, reportagem de IstoÉ (edição 1863), em que foi exposto o Mensalão do PT. Desejo que a liberdade de imprensa em vigor no país possa servir, agora, ao esclarecimento da população.

    São informações oficiais a que tive acesso nos longos anos em que estou trabalhando no tema das privatizações. Pela primeira vez estão sendo trazidas ao conhecimento público. São, portanto, absolutamente inéditas. Foram obtidas judicialmente através de uma ação de exceção de verdade. São documentos da CPMI do Banestado, cujo acesso estava, até então, proibido aos brasileiros. Agora, vieram à luz. Espero que possam, enfim, ajudar a esclarecer um período sombrio do país. Vocês são parte importante e decisiva neste processo.

    Chamo a atenção para dois pontos especialmente, ambos alicerçados em informações oficiais obtidas pela dita CPMI na base de dados da conta Beacon Hill do banco JP Morgan Chase e no MTB Bank, ambos de Nova York. A Beacon Hill Service Corporation (BHSC) onde eram administradas muitas subcontas com titulares ocultos. Nos EUA, a BHSC foi condenada em 2004 por operar contra a lei. No Brasil, inspirada pela designação Beacon Hill, a Polícia Federal deflagrou a Operação Farol da Colina, apurando, entre outras personalidades envolvidas, nomes como os do ex-governador paulista Paulo Maluf e do banqueiro Daniel Dantas. Os pontos em questão são os seguintes:

    1 . Os depósitos comprovados (pag. 4/11) do empresário GREGÓRIO MARIN PRECIADO, casado com uma prima de JOSÉ SERRA e ex-sócio do ex-governador de São Paulo (o mesmo SERRA), na conta da empresa Franton Interprises (pag. 3/11), vinculada ao ex-caixa de campanha do próprio SERRA e de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, RICARDO SÉRGIO OLIVEIRA. A soma de tais valores ultrapassa os US$ 1,2 milhão e cresce sobretudo no ano eleitoral de 2002, quando SERRA foi candidato à Presidência. Mais de 80% dos recursos recebidos pela Franton na Beacon Hill tem origem em PRECIADO. RICARDO SÉRGIO, como se sabe, foi diretor do Banco do Brasil e o grande articulador de consórcios de privatização no período FHC.

    2. Os depósitos realizados pela empresa Infinity Trading, pertence ao empresário CARLOS JEREISSATI, (pag 9/11) igualmente na Franton Interprises e RICARDO SÉRGIO. JEREISSATI liderou um dos consórcios que participou dos leilões de privatização e comprou parte da Telebrás. É de conhecimento geral que a formatação de consórcios e as privatizações da Telebrás também tiveram a intervenção de RICARDO SÉRGIO. Em muitas ocasiões se falou de propina na venda de estatais, mas esta é a primeira vez que aparece uma evidência disso lastreada por documentos bancários oficiais.

    Tenho certeza da relevância do material e espero que façam bom uso dele. Um abraço a todos e bom trabalho.

    Amaury Ribeiro

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