Coluna do Chico Brito

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Chico Brito 2 UNIVERSIDADE

Há mais de um ano, (no dia 11 de março de 2009), o Ministro da Educação Fernando Haddad recebeu das mãos da Governadora do Pará, que estava acompanhada de um grande séqüito, em Brasília, o Projeto de implantação da Universidade SUL/SUDESTE DO PARÁ. Nele ela apresentou como sede dos quatro campi previstos os municípios de Marabá, Tucuruí, Xinguara e Rondon do Pará.

PARAUAPEBAS FORA

Não indicou Parauapebas. Mas todos sabemos que de Ana Júlia Parauapebas não precisa esperar nada. Daqui ela sempre pensou em tirar. Foi assim com a sua proposta de ratear nossos royalties com Marabá e os municípios da região que ela apresentou ainda no Senado, e tem sido assim desde que o PT assumiu nossa prefeitura, onde ela loteou cargos e impôs à Administração, goela abaixo, empresas de seu interesse a serem contratadas aqui.

DESDE O FORUM SOCIAL

Então, cientes disso, o que nossos políticos fizeram para que Parauapebas não ficasse sem um campus? Nada. Mesmo com as publicações sobre o assunto na imprensa, nenhum deles se movimentou. E olha que o assunto já estava em foco desde o Fórum Social Mundial que aconteceu em Belém. Nessa ocasião o Presidente da República já havia dado sinal verde para a criação da Universidade.

SEM REPRESENTANTES

Vasculhando tudo o que se publicou sobre o assunto desde 12-03-2009, lá encontrei os nomes de Asdrúbal Bentes, Gerson Peres, Zequinha Marinho, Elcione Barbalho, Giovani Queiroz, Paulo Rocha o mensaleiro, mas nenhum rastro do nome de qualquer representante de Parauapebas. Nem de prefeito, nem de deputado, nem de secretário, nem de vereador interessado no assunto.

GRANDES COMITIVAS

Já os demais municípios estavam sempre presentes em Belém e em Brasília, com caravanas que congregavam políticos, estudantes, e até empresários de seus respectivos municípios, acompanhando, passo a passo tudo o que dizia respeito ao projeto. E por que só Parauapebas se omitiu tão completamente, sobre uma questão tão ansiada pela sociedade?

SEM DINHEIRO

É que a implantação de um campus demandaria investimento da prefeitura, e o dinheiro da prefeitura já estava curto. O prefeito até torcia para que a informação nem chegasse ao conhecimento de nossos estudantes. E o secretário e vereadores, cada um estava muito ocupado com seus negócios particulares. Para eles, essa Universidade era questão de menor importância.

SILÊNCIO TOTAL

Prova disso é que nos jornais sustentados pela Administração nenhuma linha foi veiculada a respeito. E agora, mais de um ano depois, com a movimentação dos estudantes em um tardio protesto que até fechou a barreira de Carajás, (e a Vale nada tem a ver com isso), a solução encontrada por eles foi o embromation.

EMBROMATION

Os vereadores, agora, correram para pegar carona na manifestação dos estudantes e foram xingar a Vale por que, dizem eles, xingar a Vale dá voto. O prefeito, fez o teatro dele: pagou uma viagem a Belém para alguns estudantes. A Deputada fez uma reunião com os manifestantes – que deveria ter feito um ano e meio atrás -, e tudo ficará por isso mesmo.

E ELES, CIRCUNSPECTOS

E assim, todos se salvaram. Todos, menos o campus da Universidade em Parauapebas, por que o momento, há muito, já passou. Até o próprio Ministro da Educação que criou a Universidade nem é mais o mesmo. Há muito tempo já, Inês é morta! E um ano e meio depois, eles – prefeito, secretário de Educação, deputada e vereadores – nos aparecem para os funerais.

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3 comentários em “Coluna do Chico Brito

  1. Lorenzo de Médici Responder

    Nomes! projetos! intenções! Sr. Claudio, o inferno está cheio delas. Fato é (leia presente): Pbs. não tem nada. O que tem foi a Vale que construiu, não por que ela é boazinha, mas por que viu que se não fizesse algo em prol do seu próprio crescimento, estaria, como ainda o faz, apesar de ser em menor quantidade, trazendo mão de obra qualificada de fora, a peso de ouro.

    Tudo foi para Marabá e outros centros/regiões. Alias, Pbs. tem sim, políticos muitos fracos, políticamente. Não têm, ou não sabem, a verdadeira arte das propostas e soluções. Do convencimento e das parcerias.

    Eles sabem, sim, se contrapor, para manter “as regras dos joguinhos deles”, criadas justamente para manter as disparidades e privações do povo de Pbs. Ah, mais claro, isso depende e muito do grau de conscientização e mobilização da população da cidade e, olha que legal, Sr. Claúdio, o povo está acordando para certas coisas que estão acontecendo e a resposta vem nas urnas. E está nas ruas, ultimamente.

    Meu POVO, ACORDA. Pbs. não pode viver mais sob o jugo dessa governança mal resolvida que está aí. Levantem suas bandeiras de guerra e vamos à luta por nossos direitos como cidadãos que somos, e merecedores de respeito. Retirem do poder os engravatados que ficam diante de seus computadores com pranchetas nas mãos elaborando planos para modificar só traçados de ruas e praças com o objetivo de ganhar votos, fingindo melhorar a funcionalidade de alguns lugares às vésperas de uma eleição.

    Amigos, vocês já perceberam que “eles” jamais nos deram a oportunidade de participar, verdadeiramente, na busca de soluções para os problemas dos nossos próprios bairros, da nossa própria cidade? Em que pé foi realizado os projetos que foram levados para Brasília, junto com a Fundação Vale etc? Alguém foi consultado? Claro, esqueci que nós cidadãos não temos o direito de decidir sobre o destino do espaço em que vivemos, sabe porquê? Por que colocamos engravatados para decidirem sobre o que é bom para nós, infelizmente.

    Como somos bobos, meu Deus! Pois, elegemos para tomarem contas dos nossos anseios pessoas que sequer tem escolaridade para ocupar um cargo de faxineiro, só porque tem um histórico de serviços sociais e fez algumas doações para crianças carentes, ajudou algumas creches, mas, não sabe sequer a diferença entre gestão e planejamento.

    Pois é, Sr. Claúdio Feitosa, Secretário da Cultura “com referências européias e norte-americanas”. Continue com seu “balé clássico”, sem demérito e sem homofobia, mas junho está chegando e vamos ver se o que vem aí será mais uma reprodução ridícula do que vimos ano passado, nas quadras juninas. Onde foi parar a cultura regional do Pará, dentro da sua secretaria? Alias, sua formação é administração, pois não? Deve ser com ênfase em cultura, não?

  2. Helder Igor Responder

    A primeira vez que votei a um candidato a prefeito foi para Darci, isso quando desconhecia as míseras ideologias do PT e sequer conhecia esse senhor.

    Hoje tenho consciência de que certamente foi um voto jogado no lixo. Nao poderia ter votado pior.

  3. claudio feitosa Responder

    Caro Chico,

    Näo tenho procuracäo da governadora para defendê-la, mas há em sua coluna pelo menos uma injustica com Ana Júlia. Quando tu te referes ao Projeto, de autoria da entäo senadora, näo levas em consideracäo o conteúdo do mesmo. O que propunha o Projeto era a majoracäo do percentual devido aos cofres públicos, ao tempo que criava uma escala de distribuicäo, considerando aspectos de desenvolvimento regional. Só que, ao contrário do que é dito em sua coluna, o município sede da mineracäo teria sua compensacäo também majorada. E, salvo engano, o projeto abria o debate para que a Cefem fosse calculada sobre o lucro bruto (hoje é sobre o líquido).
    Quanto ao projeto da Universidade, se fores pesquisar acharás o nome de Haroldo Bezerra como autor do projeto, que tramita, portanto, desde os meados da década de 90.

    Com o desejo de contribuir no debate, agradeco.

    Cláudio Feitosa
    secretário municipal de cultura

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