Caso Edilson: Condenada a 13 anos de cadeia, matriarca da família criminosa foge do tribunal

Somadas, as penas dos cinco réus, chegam a mais de 70 anos de prisão

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O Tribunal do Júri de Belém condenou, na madrugada desta sexta-feira (12), cinco pessoas envolvidas no assassinato do vendedor de joias Edilson Ribeiro de Sousa. Somadas, as penas aplicadas chegam a 71 anos e 3 meses de prisão. Entre os réus está Maria da Paz Silva Ferreira, conhecida como “Da Paz”, sentenciada a 13 anos de reclusão por homicídio qualificado — mas que não aguardou a leitura da sentença: ela deixou o plenário antes do término da votação dos jurados e não retornou, passando a ser considerada foragida da Justiça.

“Da Paz” foi condenada a 13 anos de reclusão por homicídio qualificado; Oinotna Silva Ferreira, “Tina” – 21 anos de reclusão e 20 dias-multa por homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver; Raphael Ferreira de Abreu – 17 anos de reclusão, com reconhecimento da qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima; e Gabryella Ferreira Bogéa, “Gaby Bogéa” – 12 anos, 3 meses e 29 dias de prisão, além de multa, pelos crimes de homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver. Como já cumpriu quatro anos em regime fechado, Gaby deverá progredir ao semiaberto em dois meses; e Bruno Gleander Barbosa França – 8 anos e 6 meses de reclusão, além de multa, por homicídio e ocultação de cadáver.

A fuga da matriarca ocorreu na madrugada, pouco antes das 3h, quando o veredito foi anunciado. Da Paz teria alegado mal-estar e buscado atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Contudo, até a publicação desta matéria, seu paradeiro permanecia desconhecido. “A defesa não teve contato com ela após a sentença”, declarou o advogado Magdenberg Teixeira.

Diante da ausência, o juiz Murilo Lemos Simão decretou a prisão preventiva da acusada. A própria cópia da sentença já serve como mandado de prisão, inserido no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), para que os órgãos de segurança possam dar início às buscas.

O caso teve início em abril de 2021, quando Edilson desapareceu em Marabá. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado boiando no Rio Itacaiunas. As investigações apontaram que o crime foi motivado por uma dívida de cerca de R$ 1,9 milhão entre a vítima e Oinotna Silva Ferreira, filha de Da Paz.

Exceto “Da Paz”, que estava em liberdade, os demais já cumpriam parte das penas em regime fechado e terão os quatro anos abatidos do total. Já a matriarca, pivô da fuga durante o julgamento, segue procurada pela Justiça.

Relembre o caso

O corpo de Edilson Pereira de Souza foi encontrado nem 15 de abril de 2021, boiando nas águas do Rio Itacaiúnas, em Marabá. O carro dele, o Jeep Renegade 1.8, cor preta, placas PRT 0643/Goiânia-GO, registrado em nome de Luiz Felipe de Sousa Lima, foi encontrado, no último da 13, no Km 8 da Rodovia BR-230 (Transamazônica), na Estrada do Lixão, próximo de uma fábrica de postes.

As chaves do carro estavam no veículo, junto com a CNH do condutor. No banco traseiro, havia muito sangue e uma faca. Quem abandonou o veículo tentou, mas não conseguiu incendiá-lo, conforme vestígios deixados no veículo.

No carro, foram encontrados ainda 11 cheques cujos valores, somados, totalizam R$ 564.140,60, e documentos de Edilson Pereira de Souza. Ele era de Conceição do Araguaia, onde moram seus familiares, mas estava morando em Parauapebas, onde consta que ele era vendedor de joias, e vinha frequentemente a Marabá, onde tinha uma namorada.

No curso das investigações, a Polícia Civil descobriu que Oinotna devia quase R$ 2 milhões ao joalheiro e junto com os demais acusados, resolveu matá-lo para se livrar  do compromisso.

(Com informações do Portal Vinícius Soares)

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