Cachaça paraense que faz os lábios tremerem emplaca em São Paulo

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Quem bebe a cachaça de jambu sente logo os lábios tremerem e ficarem dormentes. Essa característica garantiu o sucesso da bebida criada no Pará, misto de cachaça de alambique do Ceará com o jambu, erva da Amazônia. A bebida começa a chegar a outros Estados. Em São Paulo, após cair no gosto de Alex Atala, está à venda no mercadinho anexo ao Dalva e Dito.

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A cachaça de jambu foi criada no fim de 2011 pelo empresário Leodoro Porto, 44, um piauiense que há 19 anos é proprietário do boteco Meu Garoto, em Belém, especializado em cachaças. “A cachaça potencializa o efeito do jambu”, diz Porto. Ele já havia feito cachaças de açaí e de bacuri, frutas típicas da região. Mas nenhuma fez tanto sucesso como a de jambu, que ele estima ter duplicado seus lucros.

A expansão de seu negócio esbarra na produção artesanal. Hoje, Porto produz cerca de cem litros por semana, rapidamente consumidos em seu boteco e vendidos para outros Estados. O empresário patenteou a cachaça e planeja mecanizar uma parte do processo, como o enchimento das garrafas, mas sem que a produção deixe de ser artesanal.

Por provocar dormência, é recomendável tomar a bebida com petiscos quentes, crocantes e apimentados, explica o paraense Thiago Castanho, chef do Remanso do Peixe. Para Atala, a receptividade ao produto tem sido boa. “Ainda que o primeiro gole possa causar estranheza, a fascinação vem em seguida.” (Aguirre Talento, de Belém para Folha de S. Paulo)

1 comentário em “Cachaça paraense que faz os lábios tremerem emplaca em São Paulo

  1. Valter Responder

    Como colecionador de cachaças ganhei de um amigo uma garrafa do exemplar com Jambu. Degustei e guardei. Para aperitivo é melhor tomar outras, mas gosto não se discute, apenas comenta-se.

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