“Banpará de Isopor” é a agência bancária mais vulnerável e menos acessível de Marabá

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Por Paulo Costa – de Marabá

Construída no início da década de 1980, a agência do Banpará (Banco do Estado do Pará) na Folha 31, Nova Marabá, é a mais antiquada e vulnerável de Marabá. O prédio nunca passou por reforma para melhorar a segurança e, por isso, permanece com uma estrutura frágil, com as paredes cobertas apenas com um compensado que pode ser rasgado com um chute ou com uma simples faca de mesa.

Vidros na fachada escondem a estrutura frágil do Banpará

O forro do prédio do Banpará também está em estado lastimável e alguns clientes da agência que notam o problema temem que ele possa desabar a qualquer momento. A aparência de moderno está mesmo só na fachada, coberta de vidros, mas que esconde a estrutura arcaica das paredes das laterais e do interior da agência.

Foi essa fragilidade da agência do Banpará que resultou no roubo de um revólver de um dos agentes de segurança do banco no ano passado, durante um final de semana. Até agora, a polícia não descobriu como a arma desapareceu e quem foi o responsável pelo sumiço. Tomou doril: ninguém sabe, ninguém viu.

O deficiente visual Nacélio Souza queixa-se da falta de acessibilidade à agência do Banpará, a única da cidade que não há indicações que possibilitem o acesso de cegos e há falta de informações aos consumidores em Braile. “Isso porque o Banpará é do governo do Estado. Já fizemos várias reclamações para a gerência da agência, mas até agora nenhuma atitude foi tomada”, alega Nacélio.

Exigências

Para serem considerados acessíveis, os estabelecimentos devem ser livres de barreiras e obstáculos – sem desníveis no percurso superiores a 1,5 cm. Também é indispensável divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário, além de pessoal de apoio treinado para atendimento. Outra exigência é relação aos balcões de informação, que precisam ter altura adequada para pessoas em cadeira de rodas ou com nanismo (anão), por exemplo, e informativos em braile.

Os estabelecimentos devem ter telefones rebaixados do tipo Telecommunications Device for the Deaf (TDD), apropriado para surdos, pois possibilita a comunicação via Serviço de Intermediação Surdo Ouvinte, e devem ser sinalizados com piso de alerta. Já no estacionamento, 2% do total das vagas devem ser acessíveis, sinalizadas com símbolo internacional de acesso (horizontal/vertical) e com espaço adicional de circulação de, no mínimo, 1,20 m de largura, para deslocamento após a saída do veículo.