Arqueologia de Carajás é pouco explorada, diz pesquisador

Carajás tem vestígios históricos pouco explorados; curso especialização busca aumentar pesquisas e preservar cultura local.

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A região de Carajás, notadamente na Área de Proteção Ambiental (APA) de Serra dos Martírios/Andorinhas, é rica em vestígios históricos, mas tem sido pouco explorada do ponto de vista arqueológico. Quem afirma é o arqueólogo Klaus Hilbert, considerado um dos maiores pesquisadores do Brasil.

Ele está em Marabá para ministrar disciplinas da Especialização em Cultura Material e Arqueologia, que funciona por meio de parceria entre a Universidade de Passo Fundo (UPF), do Rio Grande do Sul, e a Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM).

Klaus, que nasceu na Alemanha, observa que há pontos importantes que são bem conhecidos no Norte do País, como Ilha do Marajó e Santarém (PA), além de Manaus (AM). “Mas essa região aqui tem pouca pesquisa científica”, reafirma, ao enaltecer a importância dessa especialização cuja segunda turma deve começar em março.

ARTEFATOS HISTÓRICOS

O curso terá aulas teóricas e práticas, estas devem ser realizadas na APA Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, na comunidade de Santa Cruz, onde existe um sítio-escola. No local foram descobertos, em 2022, mais de 10 mil artefatos, pelos alunos da primeira turma da especialização.

Inclusive, entre as peças encontradas estão artefatos arqueológicos da primeira Igreja Católica construída no início do século XX e destruída na grande enchente de 1980.

A presidente da Casa da Cultura, Vanda Américo, destaca a importância histórica dessa parceria com a UPF. “Vai ter uma literatura aqui pra gente deixar para as gerações futuras”, afirma Vanda, ao acrescentar que Carajás não pode ser vista apenas como uma região de exploração mineral. “Precisamos conhecer nossa região a fundo”, resume.

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