Agências da Receita Federal não serão mais fechadas no oeste do Pará

Em reunião com o secretário da Receita Federal, o senador paraense Flexa Ribeiro (PSDB) conseguiu reverter a situação, que complicaria a vida de contribuintes daquela região

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O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, comunicou ontem, terça-feira (2), ao senador paraense Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA), as unidades da Receita Federal de Itaituba, Novo Progresso e Oriximiná, todas no oeste do Pará, não serão mais fechadas, conforme havia sido anunciado. Desde a semana passada, quando teve conhecimento do comunicado da RF, o parlamentar começou a atuar em para reverter a decisão.

O anúncio provocou grande preocupação no oeste do Pará, onde as distâncias são muito grandes, sobretudo em relação a Santarém, para onde todos os que tivessem assuntos a resolver com a Receita Federal teriam de se deslocar.

“Mostrarei ao Secretário Rachid que o Pará vai trazer perdas ao erário e também muito atropelo para aqueles que precisam de ter uma relação próxima com a Receita”, ressaltou o senador Flexa Ribeiro na ocasião, conforme noticiado pelo Blog em primeira mão.

A notícia também causou revolta em Itatituba, onde a presidente da Associação Empresarial e Industrial de Itaituba (Aseii), Irma Santina Barasuol, procurada pelo Blog, desabafou: “Eu estou levando isso como uma brincadeira, porque deve ter alguma coisa errada. Eu não estou entendendo qual a desculpa para tirar as agências da Receita Federal dos municípios. Não consigo entender”.

“Se a promessa da RF vier mesmo a se concretizar em julho próximo, a cidade mais próxima é Santarém, a 300 quilômetros de Itaituba: Veja bem o caso de Jacareacanga, que fica a 460 quilômetros daqui, somando com os 300 para Santarém, a pessoa vai ter de viajar 760 quilômetros para resolver qualquer assunto ligado à Receita Federal”, exemplificou ela, na ocasião.

Salientou ainda que, Novo Progresso, por exemplo, tem grande movimentação financeira gerada pela atividade mineradora, assim como Itatituba, que extrai mensalmente cerca de uma tonelada de ouro, movimentando nada menos de R$ 160 milhões.

Por Eleutério Gomes – Correspondente em Marabá