ACIM e AMAT apresentam estudo de viabilidade técnica do Estado de Carajás

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Na manhã deste sábado (11), o Auditório Sérgio Lemos foi palco da apresentação do estudo de viabilidade técnica do Estado do Carajás. O evento iniciou com a formação de uma mesa diretora, para a qual foram convidados o presidente da ACIM, Gilberto Leite, os deputados federais Zequinha Marinho (PSC) e Bel Mesquita (PMDB), além do presidente da AMA e prefeito de Curionópolis Wenderson Chamon (PMDB).

Gilberto deu as boas vindas aos presentes, falando que, para a ACIM, é um momento especial a apresentação desse estudo. Em seguida, a deputada federal Bel Mesquita remeteu historicamente ao passado do Estado do Carajás, lembrando as lutas e afirmando que elas não devem ser só políticas. “Devemos ter uma visão de como mobilizar todos os setores da sociedade.  Já conseguimos colocar a discussão do Carajás como uma discussão técnica. Agora temos que torna-la apaixonante. Não adianta nada se a gente não conseguir apaixonar e engajar as pessoas do Carajás”, afirmou a parlamentar.

Zequinha Marinho, por sua vez, considera que as “picuinhas” acabam atrapalhando o projeto do Carajás. “Temos que resolver a questão das picuinhas da oposição, que quer enganchar uma coisa na outra. Por isso, todos os setores da sociedade precisam estar engajados”, ressaltou.

O deputado também destacou que vários deputados da bancada paraense alocaram recursos suficientes para bancar as despesas com a realização do plebiscito em 2011.

Wenderson Chamon, por sua vez,  disse que, finalmente, existe uma ferramenta para discutir com aqueles que acham que o Estado não é viável. “A partir de agora vamos para a Assembleia Legislativa discutir esse assunto. Entregar nas mãos do presidente da Assembleia. Vamos entregar para os presidentes da Câmara e do Senado”, anunciou acrescentando que antes a discussão se limitava ao boca-a-boca mas que, agora, os emancipacionistas dispõem de um estudo técnico para apresentar.

Em seguida, Célio Costa, da CP Consultoria e Planejamento,  fez a entrega do estudo técnico aos integrantes da mesa. Posteriormente, iniciou a apresentação em slides dos principais pontos do documento.

Célio Costa informou que o estudo se baseia na tese central de que o Estado do Carajás não consistirá num estorvo para o Pará mas será um avanço no sentido de compensar as desigualdades regionais. “O Carajás é vitima das assimetrias regionais tanto quanto o Pará. Os dois podem se juntar para tentar resolver esse problema”. Em seguida, o consultor apresentou um viés das assimetrias, exemplificando a concentração geográfica da riqueza nacional com dados específicos. De acordo com Célio, áreas geograficamente maiores demandam uma presença mais intensa do Estado e de governança. “Se você tem uma área maior, precisa de mais recursos para administrar. Não podemos ter uma concepção patrimonialista, o que precisamos ter é desenvolvimento. É grande a ausência do estado com a conveniência da união”, alerta.

Célio considera que o Carajás representa um passo adiante no processo da integração nacional. “É um avanço e uma forma de garantir sustentabilidade e governabilidade contribuindo para o Estado na redução das desigualdades regionais”, acrescentando que onde tem unidade federativa é necessária a presença do Estado.

O consultor considera que o novo Estado não configura uma “área problema” mas sim uma solução para o desenvolvimento regional, ao afirmar que é necessário fazer com que os municípios tenham acesso aos serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e saneamento básico.

Apontando os dados descritos no relatório, Célio afirma que, com a criação do Estado, haverá uma redução de custos tanto para o Pará como para o Carajás. “Quando se reduz o custo administrativo, se aumenta a capacidade de investimento e de melhoria de qualidade de vida para a população”.

Fonte:Assessoria de Imprensa/Ficam

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