As ruas da cidade de Jacundá registraram, em média, mais de dois acidentes de trânsito por dia durante o mês de julho. É o que aponta um relatório do Hospital Municipal Maria Cecília de Oliveira, a unidade de saúde pública que é a porta de entrada para os acidentados.
Sem citar o número de vítimas humanas, o relatório enumera que foram 66 acidentes ocorridos no mês de julho, dos quais 13 são considerados de natureza grave e um gravíssimo. Os acidentes resultaram em três óbitos. “Acreditamos que mais de cem pessoas sofreram algum tipo de lesão, pois muitos não procuram a unidade de saúde quando se trata de uma pequena escoriação,” diz uma fonte ligada ao hospital municipal.
Uma das pessoas que perderam a vida nas ruas de Jacundá é a jovem Joise Mirla de Jesus Santos, de 24 anos de idade, casada e filha única, grávida da primeira gestação. Ela faleceu na madrugada do dia 11, após cair de moto e sofrer traumatismo craniano. Na tarde do dia 4 de julho, Eduardo Gonçalves Nascimento, de 21 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu em consequência de um acidente de moto ocorrido na Rua Airton Sena.
Bombardeado por populares e maioria dos vereadores de Jacundá, o Departamento Municipal de Trânsito Urbano de Jacundá (DMTU) recuou na fiscalização e blitzes na cidade, o que pode ser considerado um fator predominante no número de acidentes.
A Reportagem procurou a direção do DMTU para comentário. Nas palavras do diretor Joilson Pedroso, o município de Jacundá permaneceu de janeiro a junho sem acidentes graves, e a maioria dos casos registrados em julho “aconteceram tarde da noite, o que é impossível de ser coibido pelo DMTU”. (Antonio Barroso)