Voo Carajás-Belo Horizonte atrasa por falta de jantar dos pilotos

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Na tarde de ontem, 17, o voo 5027, da Azul Linhas Aéreas, partiu do Aeroporto de Carajás com destino a Belo Horizonte com mais de uma hora de atraso. O motivo, inusitado, não foi mau tempo nem algum problema com a aeronave, mas a falta de comida para os pilotos. Eles abandonaram o avião porque o jantar não estava a bordo e só retornaram quando a situação foi resolvida. O voo sairia às 18h55 de Carajás, mas a viagem só foi iniciada após as 19h.

IMG-20150818-WA0001“Fomos percebendo o atraso e a atendente da Azul tentando amenizar… Mas me parece que chegou a um ponto em que ela também se irritou. Ela se irritou, pegou o microfone e disse: ‘olha, gente, é o seguinte, está atrasado porque os pilotos não vão autorizar o voo enquanto não tiver o jantar deles bordo’”, lembra o empresário João Aguiar, que estava retornando a Campinas-SP, com escala em Belo Horizonte.

A partir daí começou um atrito interno entre o pessoal de solo e pilotos. Os atendentes começaram a distribuir cartilhas de orientações com direitos e deveres do passageiro e as pessoas começaram a ficar nervosas. “Ficou muito dramático e o pessoal de solo, ao invés de tentar acalmar, começou a jogar gasolina na fogueira. Pra piorar a situação, os pilotos desceram da aeronave e ficaram esfregando na cara das pessoas que eles estavam ali sem fazer nada, esperando o jantar”, disse João. Os passageiros chegaram a colher assinaturas para uma possível ação coletiva contra a companhia aérea.

IMG-20150818-WA0028Após o desconforto, o jantar dos pilotos chegou e o voo partiu normalmente. Da cabine, o comandante tentou explicar a situação aos passageiros: “Nós passamos o dia todo dentro da aeronave e a empresa é obrigada a fornecer refeições em certos horários. Esse atraso poderia ser evitado pela empresa, já que a mesma foi avisada às 3 horas da tarde, porém só tomou providências bem próximo ao embarque”.

Todos os passageiros em conexão perderam os voos que partiriam de Belo Horizonte na noite de ontem. “Quando chegamos em Belo Horizonte, havia um único ônibus para levar todas os passageiros, as pessoas se espremendo, e quando chegou na sala de embarque, outro caos. Disseram que não teria mais voo”, conta João Aguiar. A Azul pagou hotel, uma refeição, duas bebidas não alcoólicas e o transporte de volta ao aeroporto para os passageiros que precisaram embarcar hoje.

Os funcionários da Azul não quiseram comentar o caso. O gerente da companhia no Aeroporto de Carajás não havia atendido o telefone nem retornado as ligações até a finalização desta matéria. A companhia não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, nem se retratou com os passageiros.

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