Semas e setor produtivo anunciam avanços na rastreabilidade da produção agropecuária

Já integrados, SeloVerde 2.0 e Sirflor foram apresentados em reunião da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne

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Detentor do segundo maior rebanho bovino do Brasil, o Pará tem uma importância significativa para a segurança alimentar do Brasil e de muitos outros países. Os avanços e desafios na comercialização foram temas centrais da reunião de trabalho da indústria da carne paraense, promovida pela União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), realizada nesta segunda-feira (29). Na ocasião, o SeloVerde 2.0 e o Sistema de Restauração Florestal (Sirflor) foram apresentados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Construído pelo setor privado e reconhecido pelo poder público, o Sirflor permite uma rápida requalificação comercial do produtor rural que esteja eventualmente impedido de vender no mercado da carne. Permite ainda que consiga se requalificar comercialmente enquanto conduz seu processo de regularização ambiental. O sistema foi integrado à plataforma de rastreabilidade SeloVerde, do governo estadual, de modo a garantir mais segurança.

O coordenador do movimento na Aliança Paraense pela Carne, Francisco Victer, destacou os esforços do governo do estado para fortalecer a cadeia produtiva. “Nós queremos agradecer ao governador, que em sua gestão alcançou o protagonismo ambiental, que o fez receber o convite para dialogar com o rei da Inglaterra,” disse. “Agradecer também o fato de ter feito a construção e reconstrução de rodovias e pontes que ajudam diretamente no transporte do gado, no apoio à habilitação para exportar à China, ao decreto que regulamenta os incentivos fiscais para pesquisa tecnológica, o apoio ao projeto Pecuariando, além de colaborar para a agenda ESG do agronegócio paraense”.

Gestores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) também participaram do encontro, debatendo, entre outras temáticas, ações do plano estratégico de retirada da vacina contra febre aftosa.

“O processo de retirada da vacina exige uma interação mais estreita com todos os setores da agropecuária, e um deles é o da carne, que tem um envolvimento muito grande, até porque toda a ação de defesa realizada pelo Serviço Veterinário Oficial ela chancela a abertura de novos mercados, além da economicidade que o produtor terá. A retirada da vacina é a substituição pelos processos de vigilância, que serão intensificados,” informou Graziela Oliveira, gerente de Defesa Animal da Adepará.

O Pará vem realizando, desde 2017, diversas ações para a retirada da imunização, visando alcançar o status concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pasta determina aproximadamente 40 ações técnicas específicas para que se deixe de vacinar – entre elas, realizar análise de risco epidemiológico e apresentar um fundo de emergência sanitária.

O estado detém o segundo maior rebanho bovino do país, com mais de 26 milhões de animais e um crescimento superior a 6 milhões em quatro anos. A retirada da vacina permitirá economia ao produtor rural e possibilidades de acesso aos melhores mercados, além da valorização para a produção paraense, incrementando a economia.

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