Montar a árvore, comprar enfeites, renovar o guarda-roupa, escolher presentes, definir o cardápio da ceia. Organizar o calendário para confraternizações e se preparar para uma, duas ou várias festas é a rotina de muitas pessoas no final do ano. Mas para alguns, essa época festiva é marcada por ansiedade, solidão e desconexão, mesmo cercados de pessoas.
Segundo o psiquiatra Yuri Machado, professor da Afya Redenção, o problema não está apenas na ausência de companhia, mas na qualidade das relações. “Os relacionamentos estão cada vez mais superficiais, muito para ‘inglês ver’. As redes sociais criaram máscaras sociais. As pessoas não se conhecem mais de forma genuína”, afirma
A busca por uma “vida perfeita” nas redes sociais, somada às expectativas familiares e sociais, pode gerar sofrimento emocional. “Há uma cobrança por resultados, por mostrar felicidade. Isso pode desencadear quadros de transtornos mentais, especialmente em quem já se sente vulnerável”, alerta o especialista.
Entre os gatilhos mais comuns estão a ansiedade social, o medo de se expor em ambientes com muitas pessoas e a agorafobia, que dificulta a presença em locais movimentados. Mas Yuri alerta: “Não há um gatilho único. Cada pessoa reage de forma diferente.”
A ansiedade é uma emoção natural, mas torna-se preocupante quando é intensa, duradoura e interfere na rotina. “Qualquer comportamento que gere prejuízo funcional e dure muito tempo pode ser considerado um transtorno mental. E aí é hora de procurar ajuda”, afirma o médico.
O tratamento pode ser comportamental, medicamentoso ou ambos. O maior obstáculo, segundo ele, ainda é o preconceito. “Saúde mental não é frescura. O cérebro é o órgão mais importante do corpo humano. Precisamos falar mais sobre isso e quebrar estigmas.”
Para familiares e amigos, o acolhimento começa pela escuta. “Quer ajudar? Ouça. Não julgue, não tente resolver. Às vezes, a pessoa só precisa colocar aquilo para fora e ser abraçada”, orienta o psiquiatra. A escuta ativa ou “escutatória”, como ele define, é uma ferramenta poderosa e pouco valorizada. “É o que mais falta nos acolhimentos”.
Na Afya Redenção, os estudantes de Medicina têm contato com a psiquiatria desde o terceiro período, com aprofundamento no sétimo e durante o internato. “Eles saem preparados para lidar com situações generalistas, com uma vivência teórica e prática ao longo do curso”, destaca o professor Yuri.
Parte dessa prática acontece no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município, onde os acadêmicos atuam diretamente com os pacientes sob supervisão de preceptores. Além do atendimento clínico, os estudantes também desenvolvem ações voltadas à melhoria do espaço físico, com foco na humanização do ambiente.
Patrícia Maria Lima Silva de Sousa, Coordenadora do CAPS II de Redenção, e professora do IESC e de Projeto de Extensão na Afya Redenção, reforça a importância desse cuidado: “Ser atendido num ambiente limpo, confortável e acolhedor faz muita diferença para o resultado do tratamento. Agora, o ambiente é um lugar que coloca eles para cima, traz alegria, e não aquela coisa só branca ou então uma coisa suja. A intenção é essa: que o paciente se sinta bem acolhido num ambiente adequado”.
Dr. Yuri deixa uma mensagem para quem está enfrentando ansiedade ou solidão neste fim de ano: “Volte às origens. Invista em relações genuínas. Equilibre corpo e mente. E se precisar, procure ajuda. Sem medo, sem preconceito. Sua vida pode melhorar muito em qualidade.”
Sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos.
Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.
Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
(Texto: Elizabete Ribeiro/Temple)
