ENCHEÇÃO DE LINGUIÇA
A audiência pública para apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 realizada na última quarta-feira (30) na Câmara de Vereadores rendeu mais que o esperado. A competência do staff do prefeito Aurélio Goiano foi colocada à prova, mas o que se viu foi um palanque que insiste em não ser desarmado pelo gestor e seus asseclas, bem como um festival de informações equivocadas, para não dizer encheção de linguiça.
PUXA-SACO INTIMADOS
Poucos secretários e representantes de secretaria se atreveram a falar a uma plateia notadamente composta por puxa-saco comissionados do prefeito, que foram intimados a abandonar o expediente nas secretarias e comparecer para fazer coro e bater palmas para os representantes do governo. Poetas mesmo foram os secretários que entraram mudos e saíram calados, sem se expor a dar explicações para temas sobre os quais não tinham suficiente domínio.
MAQUIVALDA DE OLHO
Entre as personalidades ilustres que observavam a audiência pública estava a vereadora Maquivalda Barros, com a presença da qual até o prefeito parecia estar preocupado. Por outro lado, quem fez uso da palavra ou quis demais aparecer, na tentativa de sanar dúvidas e rebater críticas da população, insistia em “olhar pelo retrovisor”, no desespero de culpar a gestão passada até mesmo pelos desacertos nos primeiros quatro meses da gestão atual.
FALA POLÊMICA DO DAM
Um momento da audiência que chamou a atenção foi o da fala do chefe do Departamento de Arrecadação Municipal (DAM), segundo quem “a receita própria do município foi deixada de lado nos últimos 16 anos”. Ele foi além, ao afirmar que “a receita própria não caiu” na atual gestão, o que não condiz com a realidade dos balanços do governo o qual o chefe do DAM representa.
LANÇAMENTOS FAJUTOS?
A menos que as prestações de contas do governo de Aurélio Goiano estejam com graves erros e o portal da transparência esteja alimentado incorretamente, com lançamentos subestimados, o que também seria gravíssimo, a receita própria deste ano — tomando apenas os dois principais tributos de competência municipal, o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) — encolheu.
QUEDA GENERALIZADA
Nos quatro primeiros meses de 2024, entraram nos cofres de Parauapebas R$ 86.125.400,75 em ISS ante R$ 78.709.370,45 no mesmo período deste, queda de 8,6%. Já o IPTU somou R$ 5.481.363,41 no primeiro quadrimestre de 2024 contra R$ 5.403.769,32 em 2025, queda de 1,5%. No cômputo total, foram arrecadados R$ 133.851.014,46 em impostos, taxas e contribuições de melhoria de janeiro a abril de 2024 frente a R$ 130.038.031,98 este ano.
CHORANDO PITANGAS
A audiência terminou com baixa participação popular e muitas dúvidas dos cidadãos no ar que não puderam ser sanadas satisfatoriamente, já que muitos representantes do governo usaram o microfone para chorar pitangas, com saudosismo do governo passado. Também ficou claro, para quem acompanhou da plateia, que a dita e alardeada “equipe técnica” de Aurélio Goiano estava mais perdida que cego em tiroteio.
EMPRESA PARA O LIXO
Uma das promessas saídas da audiência da LDO foi a contratação de empresa ou empresas para gerenciar a coleta de lixo de Parauapebas. A notícia — que aparentemente seria boa, levando-se em consideração a pocilga em que se encontra a cidade atualmente — não deixou de dar o que falar. O questionamento por parte dos cidadãos é: de que cidade ou estado virá a empresa? A pergunta se baseia no comportamento do prefeito, que privilegia forasteiros em detrimento das pratas da casa.
ARRUMANDO AS MALAS
O Blog recebeu a informação de que alguns secretários, insatisfeitos com as “sinucas de bico” nas quais o prefeito Aurélio Goiano os coloca, estão cansados e doidos querendo pedir para sair. Já são, pelo menos, três os interessados em pular do barco. Mas ninguém sabe se essa tentativa de sair à francesa é medida preventiva, já que o próprio prefeito andou murmurando sobre a vontade e a necessidade de trocar secretários, que de vez em quando ele chama de “técnicos” para disfarçar.
FÉRIAS DE DR. LAURO
Segundo fofocas, tem neguinho que vai pintar e bordar na ausência do juiz linha dura Lauro Fontes Júnior. É que o magistrado, muito benquisto pela população de Parauapebas, estará de férias no período de 5 de maio a 3 de junho. Em seu lugar, responderá pela Vara da Fazenda Pública e Execução Fiscal a juíza Adriana Karla Diniz, titular da 1ª Vara Criminal de Parauapebas. Recentemente, Fontes Júnior respondeu pela 3ª Vara Cível e Empresarial, cobrindo férias da juíza Juliana Souto. Reza a lenda que, quando Lauro sai de “casa” (de férias), os ratos passeiam…