Silvane Freire Barros, 51 anos, e Solange Barbosa dos Santos, 63 anos, moradoras de Marabá, na região de Carajás, viveram juntas um marco inesquecível. No Serviço de Oncologia do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), elas tocaram nesta quinta-feira (2) o sino da vitória, um gesto simbólico que marca a superação de etapas árduas do tratamento oncológico e anuncia um recomeço iluminado por esperança, coragem e fé — justamente no início do Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e à conscientização sobre o câncer de mama.

“Comecei o tratamento contra o câncer de mama em abril do ano passado, logo na inauguração do Serviço de Oncologia. Desde então, passei por cirurgias e sessões de quimioterapia aqui na unidade. Hoje trouxe até um bolo para comemorar, porque considero este dia como o meu segundo aniversário. Estou feliz demais por esta vitória”, explicou Solange.
Já Silvane reforçou a emoção desse momento. “Fui diagnosticada com câncer de mama e iniciei meu tratamento em abril deste ano, aqui no Regional. Passei por cirurgias e momentos desafiadores, mas hoje, ao tocar o sino, sinto que cada dor se transformou em força. Para mim, o som do sino não é apenas um ritual: é a certeza de um recomeço e a prova de que venci uma das maiores batalhas da minha vida,” explicou a paciente emocionada.

Inaugurado ano passado pelo governador Helder Barbalho, o Serviço de Oncologia do Hospital Regional já soma números expressivos em pouco mais de um ano de funcionamento. De abril de 2024 até setembro de 2025, foram realizados 8.351 atendimentos oncológicos, incluindo 5.227 consultas, 1.801 sessões de quimioterapia e 1.323 cirurgias e procedimentos.
Humanização
Na ala oncológica do hospital, sob a gestão do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o sino da vitória vai além de um simples ritual. Seu som ecoa como uma celebração coletiva, renovando a esperança de quem ainda enfrenta o câncer e lembra a todos, que a vitória é possível, sempre com espaço para recomeçar.
A enfermeira Poliana Barbosa, responsável pelo serviço de oncologia, reforçou a importância do momento. “O sino é mais do que um objeto, ele é um marco de esperança. Cada vez que alguém toca, todos nós sentimos que vale a pena cada cuidado, cada noite em claro e cada palavra de incentivo. Para os pacientes que ainda estão em tratamento, ouvir esse som significa acreditar que também vão chegar lá. Para nós, da equipe, é a lembrança de que trabalhamos não apenas com medicamentos e protocolos, mas com vidas, sonhos e histórias”, explicou.
Para Daiane Uszynski, analista de humanização, o sino também é um símbolo que fortalece o cuidado integral. “Cada toque representa mais do que a superação de um tratamento, é a celebração da vida. Esse som preenche os corredores com esperança e nos lembra que o acolhimento vai além da parte clínica: envolve carinho, afeto e respeito à história de cada paciente. O sino é um convite para olhar o amanhã com fé e coragem, reafirmando que a humanização está presente em cada gesto, em cada olhar e em cada vitória”, destacou.
A ação ganhou ainda mais sensibilidade com o apoio da Floricultura Himawari, de Marabá, que presenteou as pacientes com buquês de flores. O gesto simples, mas carregado de significado, reforçou a atmosfera de cuidado e acolhimento, transformando o momento em uma celebração da vida — marcada pela beleza, pela esperança e pela delicadeza dos detalhes.
Referência oncológica
O Serviço de Oncologia da unidade do Governo do Pará oferece atendimento especializado em oncologia clínica, mastologia, cirurgia oncológica e ginecologia oncológica. A estrutura conta com 10 poltronas para sessões de quimioterapia, 20 leitos clínicos para internação e centro cirúrgico preparado para procedimentos oncológicos, garantindo atendimento seguro e de qualidade em todas as etapas do tratamento
Perfil
Com atendimento 100% pelo SUS, O Hospital Regional em Marabá conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de UTI (Adulto, Pediátrica e Neonatal), e é referência regional em média e alta complexidade, oferecendo serviços especializados em Hemodiálise, Hemodinâmica e Oncologia.
(Texto: Ederson Oliveira/ Ascom HRSP)