Os profissionais de imprensa que estão em Belém cobrindo a Reunião da Cúpula do Clima e a COP30 têm enfrentado uma situação inusitada e desconfortável: os altos preços praticados no Centro Internacional de Imprensa (CIP) surpreenderam e revoltaram muitos jornalistas.
Diferente do que ocorreu durante as reuniões do G20 e do BRICS, realizadas no Rio de Janeiro — quando o governo brasileiro disponibilizou alimentação gratuita para todos os profissionais credenciados —, na COP30 a realidade é bem diferente. Em Belém, a única cortesia oferecida foi água mineral. Todo o restante da alimentação é pago, e com valores considerados abusivos.
Para se ter uma ideia, um simples salgado custa R$ 40,00 um pequeno café com leite sai por R$ 25,00 e uma fatia de bolo R$ 30,00. Diante disso, vários jornalistas têm deixado o Centro Internacional de Imprensa para procurar opções mais acessíveis de alimentação fora do evento.
Em conversa com nossa reportagem, um jornalista da República Democrática do Congo expressou sua indignação:
“Já não basta a hospedagem estar pelos olhos da cara, agora a comida está pela hora da morte! Assim não dá. Vou comer peixe frito com açaí no Ver-o-Peso. Aqui não dá!” — esbravejou o profissional africano.
Procurada pela reportagem, a organização do evento não quis se manifestar sobre o assunto.
Por Carlos Magno – Jornalista (DRT/PA 2627)




