Parauapebas é primeira cidade do estado a se integrar ao projeto Balde Cheio

Continua depois da publicidade

Desenvolvido por uma equipe de pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, localizada no município de São Carlos (SP), o projeto Balde Cheio tem como propósito principal levar tecnologia desenvolvida nos centros de pesquisas e universidades para o pequeno produtor rural.

Essa tecnologia é repassada por meio de metodologia de capacitação dos técnicos envolvidos no projeto, tendo como base o melhoramento na qualidade da alimentação e sanidade do rebanho bovino, contribuindo para o aumento da produtividade leiteira.

A Prefeitura de Parauapebas, no segundo semestre do ano passado, através do programa Leite a Pasto, da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror), buscou a parceria da Embrapa para implantar o projeto no município, sendo o primeiro do Estado do Pará a se integrar ao projeto Balde Cheio.

Para implantar o projeto, foi realizada parceria envolvendo a Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira (Cooperideal), uma cooperativa de técnicos treinados e habilitados pela Embrapa para disseminar a metodologia de trabalho do programa Balde Cheio no Brasil; a Sempror, responsável pela implantação do projeto no município; e os pequenos produtores rurais, que aderiram ao projeto e disponibilizaram suas propriedades para a realização dos treinamentos.

Após a concretização da parceria, já foram realizadas duas visitas de técnicos da Cooperideal, cujo objetivo principal é fazer o treinamento dos técnicos na prática.

"A propriedade funciona como uma sala de aula, e o produtor é a nossa ferramenta de trabalho. A gente faz treinamento prático com os técnicos da Sempror, junto aos produtores, dentro das unidades demonstrativas", afirma Wilson Marques Povinha, engenheiro agrônomo da Cooperideal.

As Unidades Demonstrativas (UDs) são as propriedades pilotos disponibilizadas pelos pequenos produtores integrantes do projeto Balde Cheio. Como critério de participação no projeto, os proprietários se comprometeram cumprir o acordado entre técnicos e produtor.

Os direitos dos produtores são receber assistência técnica gratuita e o direito de sair do projeto em qualquer momento. Quanto aos deveres, eles precisam cumprir quatro obrigações: fazer os exames periódicos de brucelose e tuberculose; cumprir todas as orientações acordadas entre eles e os técnicos; manter as portas da propriedade abertas para outros produtores visitarem e ceder a propriedade para servir como "sala de aula"; e fazer todas as anotações de controle zootécnico e financeiro, orientados pelos técnicos.

"Decidi participar do projeto Balde Cheio porque acredito nele, pois ele é inovador, vai gerar emprego e renda, fixar o homem no campo e vai contribuir para a qualificação do trabalho. Dessa forma, acredito que os resultados vão ser mais rentáveis e as famílias que se dedicarem ao trabalho, com certeza, terão um bom retorno", almeja José Arenes, produtor rural.

Atualmente, são atendidas seis Unidades Demonstrativas, localizadas nas regiões do Cedere I, Palmares I, Palmares II e Carlos Fonseca. Elas foram distribuídas entre três técnicos da Sempror, que têm a responsabilidade de acompanhar os resultados e fornecer as orientações aos produtores, conforme metodologia repassada pelos técnicos da Cooperideal. A meta é atingir nos próximos dois anos 90 produtores rurais.

De acordo com Gerfson Cunha de Moura, médico veterinário e um dos técnicos responsáveis pelas UDs da Palmares I, "antigamente pensava-se que para criar gado e produzir uma boa quantidade de leite era preciso uma grande quantidade de terra, mas hoje, com a metodologia do projeto Balde Cheio, a gente consegue demonstrar, na prática, que basta manejar bem o pasto e trabalhar melhor a questão da adubação".

Texto: Karine Gomes

[ad code=3 align=center]

Deixe seu comentário

Posts relacionados