Parauapebas: por Zé Rinaldo

Continua depois da publicidade

Zé RParauaBens!

Hoje, dia 10 de maio, Parauapebas comemora 26 anos de emancipação político-administrativa e de independência em relação ao município de Marabá. Desde 1988, quem nasce aqui leva na certidão de nascimento a naturalidade de “parauapebense”. E mesmo quem não nasceu, como eu, tem orgulho de ser chamado como tal, por trabalhar aqui, ganhar dinheiro aqui, ter amigos aqui, votar aqui, enfim, ser cidadão daqui.

Quando rememoramos a independência de Parauapebas, apesar de eu ainda não morar aqui à época, imediatamente nos vem à cabeça a noção de liberdade. Mas será, realmente, que chegamos a 2014 como um município livre? Essa e outras questões permitem muitas reflexões, para além do orgulho de estarmos num município do interior amazônico que é considerado uma potência financeira – isso pela sua produção de riquezas, que é a 25ª maior do Brasil. Há muito mais que as aparências.

Atualmente, dependemos cronicamente dos minérios – sobretudo o de ferro – que é extraído da Serra dos Carajás e é negociado com os chineses. Nossas relações econômicas e comerciais são mais dos outros que de nós mesmos. E por quê? Se os chineses disserem em Pequim ou Xangai que não querem mais nosso minério, nós, cidadãos tão distantes (separados, aliás, por três continentes e três oceanos), somos os primeiros a sentir o drama. Não somos, então, tão independentes assim.

Mas precisamos ser, devemos urgentemente ser e temos condição para isso.

O Criador agraciou nosso município com imensas riquezas naturais (além dos minérios, há a fauna, a flora e os rios maravilhosos) e temos de saber aproveitar mais, e racionalmente, essas benesses a fim de tornar tanto potencial em qualidade de vida para nossa gente.

E quando digo qualidade de vida, refiro-me ao fato de termos serviços públicos de excelência; obras bem feitas, elegantes, modernas e condizentes à riqueza que sempre foi dito existir aqui; espaços de convivência (praças, parques, concha acústica, bibliotecas públicas, teatro); calçadas limpas e acessíveis a todos, bem como ciclovias; escolas asseadas, de tempo integral e com ensino de ponta; serviços de saúde universalizastes e a custo zero para o cidadão contribuinte; e, lógico, cidadãos conscientes de que, quanto mais zelar pelos serviços e espaços públicos, mais terá para si, para os seus e para as gerações futuras.

Essa qualidade de vida, evidentemente, é bastante subjetiva, está para além dos indicadores da Organização das Nações Unidas (ONU), mas pode ser real. Para tornar-se real, no entanto, basta que cada um dê o melhor de si, como ser social, como ser político, como cidadão de fato (iniciando do básico, a exemplo de não jogar lixo na rua, ser prudente no trânsito, etc).

Com 26 anos, o município de Parauapebas ainda é um jovem aprendiz na arte de crescer, e ainda assim me orgulho de ter vivido – e estar vivendo – 19 desses anos aqui, acompanhando o crescimento e o progresso desta terra magnífica.

O desafio que nos é imposto diariamente é garantir a continuidade dos anos de vida de nosso amado “Rio de Águas Rasas”, explorando o que temos com sustentabilidade e transformando a apropriação desses recursos em legado de desenvolvimento humano e qualidade de vida para nossos descendentes.

Sim! Eu quero um Parauapebas melhor para mim, para minha família, para meus netos, para meus vizinhos, para aqueles que procuram os hospitais, para os jovens que se lançam ao ensino superior, para os produtores do campo, para quem vier visitar o município no qual escolhi viver. E tenho certeza de que todos querem um lugar igual.

Vamos fazer valer a pena, então. Com ação.

Parabéns, Parauapebas! “És minha estrela entre milhões!”

Deixe seu comentário

Posts relacionados