Organização criminosa abastecia pequenos comerciantes em Marabá segundo a Polícia

Continua depois da publicidade

 

Empresário preso suspeito de estar abastecendo pequenos comércios de Marabá e municípios vizinhos. Foi a esta conclusão que chegou o delegado Toni Vargas, ao conversar com a Imprensa hoje (6), para falar sobre a prisão do empresário Rodrigo de Oliveira Jadjiski. Ele é apontado como o cabeça de uma organização criminosa que atacava caminhões com mercadorias que circulam pelas rodovias que cortam Marabá. O delegado acredita que a organização vinha funcionando desde 2016.

Além de Jadjiski, foram presos Gimiclei Silva Souza, o “Binga”, Leonardo Barbosa de Oliveira, o “Lalá” ou “Léo”, e Francisco Pereira dos Santos, o “Seboso”. Os três trabalham para o empresário.

De acordo com Toni Vargas, a organização criminosa funcionava da seguinte forma: Jadjiski contratava assaltantes (que se passavam por estivadores ou “chapas”) para tomar caminhões de assalto e roubar as cargas. O alvo da quadrilha eram geralmente cargas avaliadas acima de R$ 60 mil. “Eles não tinham interesse em cargas que valessem menos do que isso”, disse o delegado.

As cargas eram distribuídas em depósitos alugados pelo empresário (alguns locados por dois ou três dias apenas) e de lá eram revendidas para os receptadores, em geral comerciantes que compravam o produto sabendo que se tratava de carga roubada. O foco principal das investigações agora é descobrir quem são esses receptadores.

A partir de agora, o delegado espera que as pessoas procurem o Disque Denúncia e prestem informações sobre comércios que poderiam estar comprando as cargas.

Uma das empreitadas criminosas do bando resultou na morte do motorista Joel José de Souza, de 32 anos, que reagiu ao assalto e acabou assassinado com um tiro. Para azar dos criminosos, o homicídio foi praticado na Folha 26, um bairro nobre da Nova Marabá, cercado de câmeras de segurança.

A ação criminosa foi toda filmada e a partir dessas imagens a polícia conseguiu identificar e prender os integrantes do bando e descobrir o organograma de funcionamento da organização. Mas o trabalho ainda não acabou: mais pessoas podem ser presas.

Deixe seu comentário

Posts relacionados