Junho Violeta: Geriatria ganha destaque em meio ao envelhecimento acelerado do Brasil

Somente no Ambulatório Escola da Facimpa, são cerca de 200 pessoas aguardando a primeira avaliação

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O Brasil está ficando mais grisalho — e rápido. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida chegou a 76,4 anos em 2023, com o número de idosos no Brasil crescendo 57,4% em 12 anos. Mas a pergunta que paira é: estamos envelhecendo com saúde?

Para a médica geriatra e professora da Facimpa | Afya, em Marabá, Recielle Chaves, a resposta ainda é desigual: “Apesar do aumento da longevidade, o envelhecimento saudável não é uma realidade para todos. As populações mais vulneráveis enfrentam doenças precoces e têm acesso limitado ao cuidado de qualidade”.

Em plena campanha do Junho Violeta, que chama atenção para os direitos e cuidados com os idosos, o tema ganha ainda mais relevância. No Ambulatório Escola da faculdade, onde Recielle atende, a demanda é intensa. “Temos cerca de 200 pessoas aguardando a primeira avaliação. Isso mostra o quanto a geriatria é essencial, mas também o quanto ainda precisamos avançar”, destaca.

Cuidar antes de adoecer

A médica explica que a geriatria vai muito além do tratamento de doenças. “A especialidade se propõe a promover autonomia, bem-estar e qualidade de vida. E apesar de ser voltada oficialmente para pessoas com 60 anos ou mais, o ideal seria que o cuidado preventivo começasse aos 30”, afirma. O motivo? “A partir dos 25 anos, o pulmão já começa a envelhecer. Então, quanto antes cuidarmos, melhor será o envelhecimento”.

A partir dos 70 anos, Recielle recomenda que os idosos passem pela Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), um exame detalhado que considera fatores físicos, cognitivos, emocionais e sociais. “É um olhar amplo que permite diagnósticos mais precisos e planos de cuidado mais humanizados”, explica.

Apesar da crescente demanda, o país conta com pouco mais de 3 mil geriatras oficialmente reconhecidos. “É muito pouco para a nossa realidade. Estimamos um déficit de cerca de 28 mil especialistas”, alerta a médica. Além da escassez, a má distribuição preocupa: “A maioria atua nas capitais do Sul e Sudeste, enquanto o interior e regiões como Norte e Nordeste ficam desassistidos”.

Facimpa aposta na formação desde cedo

Na contramão dessa escassez, a Facimpa investe na formação de novos profissionais desde o 1º período do curso de Medicina. “Nossos alunos não aprendem só a tratar doenças, mas a enxergar o idoso em sua integralidade. Eles passam por atividades práticas, aprendem a aplicar escalas validadas e são sempre acompanhados de um geriatra nas consultas no ambulatório”, explica Recielle com orgulho.

Com a visibilidade cada vez maior, a geriatria começa a ocupar o lugar que merece no sistema de saúde. E se depender da professora e médica, o cenário tende a melhorar: “Precisamos valorizar o envelhecimento, não apenas tratar suas consequências. Porque envelhecer bem deve ser um direito — e não um privilégio”, conclui.

Para ter atendimento médico com geriatra no Ambulatório da Facimpa, que fica localizado na Rodovia Transamazônica, bairro Amapá, o paciente deve se dirigir ao local portando documento de identidade e cartão do SUS.

Sobre a Afya   

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar.

(Texto: Elizabete Ribeiro/ Temple)

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